Meteorologia Sinótica: 20150924 12Z

Figura 1 - Imagem de Satélite (canal do infravermelho) do dia 24/09/2015 às 12Z.

Fonte: CPTEC

Figura 2 - Imagem de Satélite (canal do vapor d'água) do dia 24/09/2015 às 12Z.

Fonte: CPTEC

Figura 3 - Análise do nível de 250hPa do dia 24/09/2015 às 12Z.

Fonte: MASTER

Figura 4 - Análise do nível de 500hPa do dia 24/09/2015 às 12Z.

Fonte: MASTER

Figura 5 - Análise do nível de 850hPa do dia 24/09/2015 às 12Z.

Fonte: MASTER

Figura 6 - Análise do nível superficial do dia 24/09/2015 às 12Z.

Fonte: MASTER

Em 250hPa (Figura 3), percebe-se a presença dos jatos subtropical e polar (ramo norte) juntos em quase toda a extensão compreendida pelo mapa (entre 20°S e 45°S), com duas cristas associadas (em 90°W e 35°W) e um cavado entre 70°W e 80°W. O jato polar (ramo sul), entre 50 e 60°S - 0 e 40°W, não pode ser devidamente identificado na imagem de satélite (Figura 2) - há um gradiente de umidade ao sul dos dois outros jatos na imagem, mas seu formato e localização estão ligeiramente deslocados do identificado na análise.

A presença do centro de alta pressão sobre o sudeste do Brasil no nível superior mostra-se deslocada para leste nos níveis mais baixos (Figuras 4 e 5) - na superfície, fica claro como esse centro é a Alta Subtropical do Atlântico Sul. Esse deslocamento para o continente em altos níveis é associado à situação de bloqueio (presente nos dias anteriores, mas agora já dissipado), que inibiu a presença de chuvas (Figura 7) e manteve o tempo seco e estável, com grande amplitude térmica (Figuras 8 e 9) em boa parte do Brasil . No Rio Grande do Sul (onde teve mais precipitação no Brasil - Figura 10), Uruguai e parte da Argentina, a frente estacionária identificada na análise (Figura 6), presente há pelo menos 3 dias, também está relacionada à situação de bloqueio.

Na mesma análise citada anteriormente, não foi possível identificar a ZCIT no Oceano Atlântico. A imagem de satélite do infravermelho (Figura 1) não mostra a banda de precipitação característica da ZCIT na região, o que indica que realmente a ZCIT estava mais ao norte, talvez associada a algum sistema tropical.