20160621 00Z

Por: Marina Noro

Revisado por: Janet Valdes

Na carta de 250 hPa (Figura 1), o jato subtropical (JST, em vermelho) está situado em torno de 20°S passando por Minas Gerais e São Paulo, estendendo-se para o Atlântico Sul. O ramo norte do Jato Polar (JPN), destacado em laranja, está situado entre 25°S e 30°S, e o ramo sul do Jato Polar (JPS), em amarelo, é observado entre 35°S e 55°S no Pacífico e entre 35°S e 45°S no Atlântico.

Observa-se também a presença de um cavado no Atlântico Sul, atuando próximo ao litoral sul do Brasil e um cavado sobre o Chile e Argentina.

Figura 1:  Análise do GFS-250 hPa para o dia 21 de junho de 2016 às 00Z. A linha vermelha indica o JST, a laranja o JPN e a amarela o JPS. As linhas roxas tracejadas indicam os cavados e as roxas "dente de serra" as cristas. Fonte: MASTER. 

No canal do vapor d’água (Figura 2), nota-se a presença dos jatos polares e da ZCIT.

Figura 2:  Imagem do satélite GOES-13 de vapor d´água do dia 21 de junho de 2016 às 00Z. JPN indicado em laranja e JPS em amarelo. ZCIT destacada em laranja mais claro. Fonte: CPTEC.

Na carta de 500 hPa (Figura 3), é possível observar a presença de duas cristas e dois cavados, com um sistema atuando ao sul da América do Sul e outro no Pacífico. Além disso, ainda é possível observar ainda a atuação dos jatos polares.

 

Figura 3: Análise do GFS-500 hPa para o dia 21 de junho de 2016 às 00Z. A linha laranja indica o JPN e a amarela o JPS. As linhas roxas tracejadas indicam os cavados e as roxa " dente de serra" as cristas. Fonte: MASTER.

Na carte de 850hPa (Figura 4), observa-se a Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) centrada em torno de 30°S e 85°W.  Nota-se também a presença de um centro de alta pressão, associado a crista, atuando sobre o Uruguai e na região costeira da Argentina. Em 55°S e 5°W tem-se a presença de um centro de baixa pressão.

Figura 4: Análise GFS-850 hPa para o dia 21 de junho de 2016 às 00Z. O centro de baixa pressão é indicado pela letra B em azul e o centro de alta pressão pela letra A em vermelho.As linhas roxas tracejadas indicam os cavados e as roxas " dente de serra" as cristas. Fonte: MASTER. 

Na carta de superfície (Figura 5), a ZCIT está posicionada em cerca de 10°N no Pacífico e 5°N no Atlântico. Nota-se também, o centro de alta pressão, associado à crista, atuando sobre o Uruguai e litoral da Argentina, e do centro de baixa pressão associado ao cavado. Novamente, observ-se um centro de baixa pressão em torno de 55°S e 5°W. Na carta de superfície observa-se também a passagem de uma frente fria saindo de São Paulo e deslocando-se para o oceano.

Figura 5: Análise GFS-Superfície do dia 21 de junho de 2016 às 00Z. O centro de alta pressão é indicado pela letra A em vermelho e de baixa pressão pela letra B em azul. Frente fria indicada em azul. ZCIT destacada em laranja. Fonte: MASTER.

A imagem do canal do infravermelho (Figura 6) mostra regiões convectivas ao norte, associadas a ZCIT, e também sobre Santa Catarina.

Figura 6: Imagem de satélite GOES-13 de temperatura realçada do dia 21 de junho de 2016 às 00Z. Fonte: CPTEC.

A passagem da frente fria sobre a região sul do país foi responsável pela precipitação em SC (Figura 7) e pelas baixas temperaturas registradas no dia 21/06.

Figura 7: Precipitação acumulada em 24h do dia 21 de junho de 2016 às 00Z. Fonte: OGIMET.

Referências:

1. Imagens de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic
2. Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
3. Precipitação acumulada 24 h: http://www.ogimet.com/gsynop.phtml