Analisado por: Janet Valdés Tito
Revisado: José Angel Riandes González
A Figura 1 mostra a ZCIT definida tanto
no Oceano Atlântico (4º e 7º N) quanto no Pacífico (8º e 13ºN). Na imagem de satélite observa-se também a presença de uma Linha de
Instabilidade (LI), a qual está relacionada com a precipitação na região Norte
- Nordeste do Brasil, a LI pode ser melhor identificada através da animação da
imagem de satélite com a temperatura realçada (Figura 2), a qual verifica-se o
deslocamento da LI para o interior da Amazônia. O JST apresenta uma
configuração zonal, e mais para abaixo os JPN e JPS, divididos em dois
núcleos.
Figura 1: Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água das 00Z
do dia 06 de junho de 2016. As linhas laranja indica o JPN, violeta o JPS e
vermelha o JST. A ZCIT está indicada em laranja e a LI de verde.
Figura 2: Animação de imagens do satélite
GOES-13 Temperatura Realçada das 00Z às 15Z do dia 06 de junho de 2016.
Na análise da carta sinótica no nível de 250 hPa
(figura 3) observa-se uma ampla área de circulação anticiclônica com centro nos
5°S que influência parte do Centro-Oeste e Norte do Brasil. Nota-se a presença
de outra região anticiclônica com centro localizado entre os 45 e 40°S e nos 55°S/20ºW, observa-se um padrão de
circulação ciclônica. Esta figura corrobora a posição dos jatos identificada na
imagem de satélite (Figura 1). O jato subtropical (JST, linha
vermelha) está situado aproximadamente entre os 17ºS e 30ºS, estendendo-se
deste o Pacífico Central até o Atlântico, passando pelo centro do RS. Mais ao
sul, encontra-se o ramo norte do Jato Polar (JPN) distribuído em dois núcleos,
um no sul de Pacífico e a outro passando pelo Uruguai. Entre as latitudes de
46ºS e 57ºS, encontra-se o ramo sul do Jato Polar (JPS) distribuído também em
dois núcleos, sul do Pacífico e porção sul do Atlântico.
Figura 3: Campo de Linhas de Corrente e Geopotencial no nível de pressão de
250hPa.
Em 500 hPa (Figura 4) observa-se dois regiões de
alta pressão (AP), uma localiza-se sobre o Oceano Pacifico com centro em 38ºS/95°W,
e a outra entre os estados de BA e PE. Além disso, ainda há dois centros de
baixa pressão (BP), um no Oceano Pacífico aos 25 ºS/100°W, e outro sobre o sul
do Oceano Atlântico nos 57ºS/18°W. Os JPN e JPS continuam bem representados
nas mesmas posições vistas anteriormente.
Figura 4:
Campo de Linhas de corrente e Geopotencial no nível de pressão de 500hPa.
Na carta de 850 hPa (Figura 5), visualiza-se o sinal da ASPS
nos 40ºS-95ºW, além disso, nota-se dois sistemas de AP um em 33ºS/62ºW e
nos 60ºS-48ºW. Ainda nesta carta, há três centros de BP relacionados a ciclones
em superfície, localizados em 57ºS/70ºW, 37ºS/35ºW e 57ºS/18ºW respectivamente.
Figura 5:
Campo de Linhas de Corrente, Temperatura e Geopotencial no nível de pressão de 850
hPa.
Na análise da carta sinótica de superfície observa-se
uma frente com baixa pressão de 1000 hPa centrada em torno de 59°S/18°W. Sobre o Oceano Atlântico se
observa uma área de baixa pressão com valor de 1004 hPa, centrada em torno de
37°S/38°W, associada a mesma há uma frente fria que se estende em direção NW afetando os estados
de MG e ES, colaborando para a nebulosidade verificada na imagem de satélite. A Alta Subtropical do Atlântico
Sul (ASAS), encontra-se configurada com núcleo de 1028 hPa, a leste de 20°W
(fora do domínio da imagem). A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS)
apresenta núcleo de 1032 hPa, centrada em torno de 38°S/95°W. Ao SW do ASPS
observa-se um centro de BP localizado entre 52°S/105°W. A Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) oscila em torno de 07°N/13°N no Oceano Pacífico e em torno
de 03°N/07°N no Oceano Atlântico.
Figura 6:
Campo de Pressão em superfície e Espessura entre 1000 e 500hPa.
Pela análise da precipitação acumulada em 24h
(Figura 7), destacam-se duas regiões de maior precipitação. Conforme mencionado
anteriormente, pode-se ver a precipitação no SE associada à frente. Já a
precipitação registrada no norte da região Norte e Nordeste do Brasil, está
relacionada a convecção ocasionada pela Linha de Instabilidade (Vide Figura 2).
Figura 7: Dados de precipitação acumulada (mm) para
a Região da América do Sul. FONTE: OGIMET
Referências:
- Imagens de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic
- Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
- Precipitação acumulada 24 h: http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop?zona=amersurc&base=complex&proy=orto&ano=2015&mes=06&day=12&hora=12&vr4=R4&enviar=Ve
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.