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segunda-feira, 4 de julho de 2016

20160605 00Z

Por: Marina Noro
Revisado por: Janet Valdes


Na carta de 250 hPa (Figura 1), o jato subtropical (JST, em vermelho) está situado entre 15°S e 20°S, estendendo-se do Pacífico até São Paulo, onde tem-se a divergência do jato subtropical e do ramo norte do jato polar (JPN, em laranja), o qual está situado entre 20°S e 45°S. O ramo sul do jato polar (JPS, em amarelo),  encontra-se entre 40°S e 60°S.


Em torno de 5°S  e 65°W, entre o Amazonas e Mato Grosso, observa-se uma possível formação de circulação anticiclônica e, em torno de 30°S e 95°W, no Pacífico uma possível formação de circulação ciclônica. Além disso, observa-se a presença de um cavado a sudeste no oceano Atlântico Sul (~ 50°S e 35°W) e outro ao sul da América do Sul, passando sobre o Chile e Argentina.

Figura 1: Análise do GFS-250 hPa para o dia 05 de junho de 2016 às 00Z. A linha vermelha indica o JST, a laranja o JPN e a amarela o JPS. As linhas roxas tracejadas indicam os cavados e as roxas "dente de serra" as cristas. Fonte: MASTER.
No canal do vapor d’água (Figura 2), observa-se a presença dos jatos polares, com o JPN passando sobre a Argentina e Uruguai, e da ZCIT.

Figura 2: Imagem do satélite GOES-13 de vapor d´água do dia 05 de junho de 2016 às 00Z. JPN indicado em laranja e JPS em amarelo. ZCIT destacada em laranja mais claro. Fonte: CPTEC.
Na carta de 500hPa (Figura 3) no Pacífico a  aproximadamente 30°S e 95°W, observa-se a presença de uma crista e de um cavado, com  uma possível formação de circulação ciclônica e anticiclônica associadas, caracterizando um possível padrão de bloqueio.

Figura 3: Análise do GFS-500 hPa para o dia 05 de junho de 2016 às 00Z. A linha laranja indica o JPN e a amarela o JPS. As linhas roxas tracejadas indicam os cavados e as roxa " dente de serra" as cristas. Fonte: MASTER.

Na carta de 850 hPa (Figura 4), nota-se a existência de um centro de alta pressão em aproximadamente 40°S no Pacífico, e um centro de baixa pressão no Atlântico Sul em aproximadamente 55°S.

Nota-se também a presença de uma crista e um cavado no oceano Atlântico Sul, atuando ao sul da América do Sul.

Outro fator importante a se destacar é a presença dos jatos em baixos níveis (flecha verde), em direção a São Paulo. 

Figura 4: Análise GFS-850 hPa para o dia 05 de junho de 2016 às 00Z. O centro de baixa pressão é indicado pela letra B em azul e o centro de alta pressão pela letra A em vermelho. O jato de baixos níveis é indicado pela flecha verde, que aponta em direção ao estado de São Paulo. As linhas roxas tracejadas indicam os cavados e as roxas " dente de serra" as cristas. Fonte: MASTER.
Como observado anteriormente na carta de 250hPa (Figura 1), para o dia 05/06 tem-se a divergência dos jatos em altos níveis. Enquanto que a de 850hPa (Figura 4), tem-se a convergência em baixos níveis sobre a mesma região. A interação dos jatos em altos níveis com os de baixos níveis geram nuvens convectivas, o que explica as fortes chuvas que ocorreram nesse dia no estado de São Paulo, com fortes tempestades em cidades do interior, como Campinas (SP), onde foi registrado a ocorrência de um tornado.

Na imagem do canal infravermelho (Figura 5) observa-se temperaturas mais baixas sobre São Paulo, associadas às nuvens mais profundas e, portanto, mais convectivas. Nuvens convectivas associadas à ZCIT também são observadas.

Figura 5: Imagem de satélite GOES-13 de temperatura realçada do dia 05 de junho de 2016 às 00Z. Fonte: CPTEC.


Figura 6: Precipitação acumulada em 24h do dia 05 de junho de 2016 às 00Z. Fonte: OGIMET.


 Na carta de superfície (Figura 7), observa-se uma frente fria que desloca-se para o oceano. A ZCIT está situada a aproximadamente 10°N no Pacífico e a aproximadamente 5°N no Atlântico.
Figura 7: Análise GFS-Superfície do dia 05 de junho de 2016 às 00Z. O centro de alta pressão é indicado pela letra A em vermelho e de baixa pressão pela letra B em azul. Frente fria indicada em azul. ZCIT destacada em laranja. Fonte: MASTER.

Referências:


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