Menu

quarta-feira, 6 de julho de 2016

20160629 00Z

Por: Luís Mendes
Revisado po: D. Jimena Roncancio

Na carta meteorológica de 250 hPa (Figura 1), temos o Jato Subtropical (JST, linha vermelha) em aproximadamente 20ºS e 30ºS. Ele está dividido em três partes, uma no Pacífico, outra passando ao norte da Argentina e SC, e outra atravessando o Atlântico. Ao sul, encontra-se o Jato Polar (JPN) do Pacífico ao Atlântico, passando  pelo extremo sul da Argentina e do Chile. Entre as latitudes 40ºS e 45ºS, encontra-se a parte oeste do Jato Polar (JPS) que depois continua de 40ºS/80ºW, passando pelo extremo sul do Chile e da Argentina até o Atlântico. Em 40ºS/60ºW temos um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). Em 35ºS/40ºW temos um centro de baixa. Ao norte do Pará e em 45ºS/45ºW temos duas circulações anti-ciclônicas.

Figura 1. Análise do GFS-250 hPa para o dia 29 de junho de 2016 às 00Z. A linha laranja indica o JPN, a amarela o JPS e a vermelha o JST. As linhas laranjas tracejadas indicam os cavados e as amarelas "dente de serra" as cristas. A letra A em vermelho representa os centros de alta pressão e B centros de baixa pressão. VCAN é o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis. Fonte: MASTER.

Na imagem de satélite de vapor d'água (Figura 2), observa-se a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que oscila em torno de 07°N/10°N no Oceano Pacífico e em torno de 05°N/08°N no Oceano Atlântico. Há também os JST, JPN e JPS.

Figura 2. Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água das 00Z do dia 29 de junho de 2016. A linha laranja indica o JPN, a amarela o JPS e a vermelha o JST. A ZCIT está indicada em linhas tipo "trilho de trem" em laranja. Fonte: CPTEC.

Em 500hPa (Figura 3), temos uma circulação anti-ciclônica bastante intensa ao sul da BA e ao norte de MG. No Pacífico a 17ºS/95ºW e no Atlântico 45ºS/45ºW e 30ºS/25ºW, temos três circulações anti-ciclônicas. Em 35ºS/60ºW e 30ºS/40ºW temos circulações ciclônicas. Na costa oeste e na costa leste do continente temos dois cavados. No sudeste do Brasil temos uma grande crista associada a circulação anti-ciclônica sobre o país. Ao sul do Atlântico, em 50ºW, temos uma grande crista. Ao sul do continente e ao sul dos oceanos Pacífico e Atlântico vemos os JPS e JPN.

Figura 3. Análise do GFS-500 hPa para o dia 29 de junho de 2016 às 00Z. As linhas laranjas tracejadas os cavados e as amarelas "dente de serra" as cristas. A letra A em vermelho os centros de alta pressão e a letra B em azul os de baixa pressão. Fonte: MASTER.

No nível de 850hPa (Figura 4), observa-se duas circulações anti-ciclônicas, localizadas a 10ºS, no Pacífico, na costa do Peru, e outra no Atlântico a 30ºS/30ºW. A oeste do Pacífico temos uma grande crista associada à uma circulação anti-ciclônica. Ao sul do continente temos um cavado e uma crista. Ao sul do Atlântico temos um grande cavado.

Figura 4. Análise do GFS-850 hPa para o dia 29 de junho de 2016 às 00Z. As linhas laranjas tracejadas os cavados e as amarelas "dente de serra" as cristas. A letra A em vermelho os centros de alta pressão a letra B em azul os de baixa pressão. Fonte: MASTER.

Em superfície (Figura 5) há dois centros de baixa pressão, um em 60ºS/80ºW e outro em 50ºS/10ºW. Associada a baixa ao sul do continente, há uma frente fria 35ºS/80ºW e outra mais ao sul, em fase de oclusão, alcançando a frente quente. Observa-se a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que oscila em torno de 07°N/10°N no Oceano Pacífico e em torno de 05°N/08°N no Oceano Atlântico que está indicada em linhas tipo "trilho de trem" em laranja. Além disso, temos uma frente quente ao sul do Atlântico associada a ASAS que está localizada em 35ºS/25ºW.

Figura 5. Análise do GFS- Superfície para o dia 29 de junho de 2016 às 00Z. A letra B em azul representa o centro de baixa pressão. A ZCIT está indicada em linhas tipo "trilho de trem" em laranja. ASAS é o Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul. Frente fria (azul), frente quente (vermelho) e frente oclusa (roxo) também estão indicadas. Fonte: MASTER.

No gráfico de precipitação (Figura 6) notamos a influência do flanco oeste da ASAS, que leva umidade para o litoral nordestino e parte o norte do litoral sudeste. No RS, Paraguai e sul do Uruguai, notamos acumulados de precipitação devido a combinação do escoamento da ASAS e o VCAN.

Figura 6. Imagem de precipitação (mm em 24h) OGIMET das 00Z do dia 29 de junho de 2016. Fonte: INMET.



Referências:

Imagens de satélite de vapor d'água: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.