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terça-feira, 28 de junho de 2016

20160628 00Z

Por: Dayana Yordy Sánchez

Revisado: Luis Mendes


A Figura 1 mostra a ZCIT bem definida que oscila em torno de 06°N/14°N no Oceano Pacífico e em torno de 04°N/09°N no Oceano Atlântico, sendo que no oceano Atlântico ela possui orientação NE-SW, e no Pacífico, NW-SE. A imagem de satélite também mostra a presença de uma Área de Instabilidade (AI), a qual está relacionada com a precipitação na região Norte e Nordeste do Brasil, a AI pode ser melhor identificada através da animação da imagem de satélite com a temperatura realçada (Figura 2), a qual verifica-se o deslocamento da AI para o interior da Amazônia. O JST apresenta uma configuração mais zonal, mais abaixo, nota-se a presença do JPN e JPS. Na Figura 3, podemos comprovar a intensidade e as posições dos Jatos.

Figura 1. Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água das 00Z do dia 28 de junho de 2016. As linhas laranja indica o JPN, violeta o JPS e vermelha o JST. A ZCIT e a AI estão indicadas em laranja.

Figura 2. Animação de imagens do satélite GOES-13 Temperatura Realçada das 00Z às 03:30Z do dia 12 de junho de 2016.

Figura 3. Intensidade e direção do vento.


Na análise da carta sinótica no nível de 250 hPa (Figura 4) observa-se o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) centrado sobre 33°S/65°W, contornado pelo Jato Subtropical (JST) e pelo ramo norte do Jato Polar (JPN), indicando ainda ar frio associado ao sistema. A leste, já no Atlântico, se observa uma circulação ciclônica, contornado pelo JPN. Observa-se uma crista que se estende do centro anticiclônico, que se localiza sobre 3°S/48°W aproximadamente, até a faixa central do continente. Observa–se a presença do cavado sobre o Pacífico, estendendo-se entre 5°S e 30°S. Os ramos norte (JPN) e sul (JPS) do jato Polar cruzam o extremo sul do continente acoplados.

Figura 4. Análise do GFS-250 hPa. Os círculos vermelhos indicam os centros de alta pressão e os azuis os centros de baixa pressão

Em 500 hPa (Figura 5) observa-se um ampla área com circulação anticiclônica com centro localizado sobre 17°S/45°W que domina grande parte do Centro-Oeste, do Sudeste e parte do Nordeste do Brasil e a faixa sul da Região Amazônica. Sobre o norte da Argentina se observa o reflexo do VCAN, neste nível centrado em torno de 34°S/64°W. A leste deste sistema (em torno de 36°S/40°W) se observa também o reflexo da circulação ciclônica do sistema de baixa pressão em superfície. Além disso, observa-se dois centros de altas pressões sobre o Pacífico, um localiza-se sobre 10°S/114°W e outro em os 18°S/105°W. 

  Figura 5. Análise do GFS-500 hPa. Os círculos vermelhos indicam os centros de alta pressão e os azuis os centros de baixa pressão.

Na carta de 850 hPa (Figura 6) observa-se ventos intensos do SE sobre grande parte da Região Nordeste do Brasil, o que favorece a nebulosidade, observada na imagem de satélite, que provoca chuva. Parte deste escoamento, que está associado à circulação do anticiclone no Atlântico, com centro sobre 33°S/26°W , segue em direção a Região Norte do Brasil com um enfraquecimento dos ventos. Se observa também o reflexo da circulação ciclônica do sistema de baixa pressão em superfície com centro localizado em 37°S/42°W. Além disso há dois centros de baixa pressão, um localiza-se sobre o Oceano Atlântico com centro sobre 10°S/3°W, e o outro no Oceano Pacífico sobre 17°S/80°W. Observa-se também o reflexo do Anticiclone Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) com centro sobre 30°S/88°W.

Figura 6. Análise do GFS-850 hPa. Os círculos vermelhos (azuis) indicam os centros de alta (baixa) pressão.

Na análise da carta sinótica de superfície nota-se um sistema frontal ocluso sobre o noroeste da Argentina, cujo ramo frio estende-se entre o sul da Bolívia e o Uruguai até os 20°S aproximadamente. Este sistema em conjunto com o vórtice ciclônico comentado nos níveis superiores, auxiliou no alinhamento da nebulosidade entre a Bolívia, Uruguai e o norte da Argentina. Sobre o Atlântico se observa o Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) com centro sobre 36°S/25°W que influencia grande parte da faixa litorânea desde o Nordeste até o Sul do Brasil. Nota-se uma baixa pressão com valor de 1028 hPa, centrado em torno de 37°S/41°W. Observa-se um centro de alta pressão associada à própria circulação do ASAS localizado sobre 44°S/48°W. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) encontra-se com o centro de 1020 hPa em torno de 30°S/88°W. Nota-se sistemas frontais conectados ao sul de 50°S e oeste de 30°W no Oceano Atlântico. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) oscila em torno de 06°N/14°N no Oceano Pacífico e em torno de 04°N/09°N no Oceano Atlântico.

Figura 7. Análise do GFS-1000 hPa para o dia 28 de junho de 2016 às 00Z.

Na figura abaixo de precipitação acumulada em 24h (Figura 8), notam-se maiores acumulados sobre as regiões NW do Brasil, em grande parte da faixa litorânea Brasileira (desde o Nordeste até o Sul do Brasil), no Bolívia, Uruguai, no extremo sul do Paraguai e no norte da Argentina. Nas regiões NW e na parte da faixa litorânea desde o Nordeste até o Sul do Brasil, a chuva está associada à convecção ocasionada pela área de instabilidade e a influência do ASAS que leva umidade do oceano Atlântico para o continente. Entretanto a chuva nas regiões do Bolívia, Uruguai, no extremo sul do Paraguai e no norte da Argentina pode estar associada a outra parte do escoamento do ASAS que segue em direção à região de circulação ciclônica sobre o norte da Argentina, reflexo do VCAN, onde os ventos se intensificam. Este escoamento transporta ar relativamente mais quente e úmido e colabora termodinamicamente para instabilizar as regiões comentadas acima, entre a Argentina, Uruguai, Bolivia e parte do Paraguai.

Figura 8. Precipitação acumulada das 12Z do dia 27/06/2016 às 12Z do dia 28/06/2016. Fonte: OGIMET



Referências: 

Imagens de satélite de infravermelho: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic


Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob

Precipitação acumulada 24 h: http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop?zona=amersurc&base=complex&proy=orto&ano=2016&mes=06&day=13&hora=00&vr4=R4&enviar=Ver

Imagem de satélite de vapor d agua: http://www.master.iag.usp.br/observados/mapa/satelite/?lat=-33.27116662402688&lon=-64.04628906250001&z=3





Imagem de intensidade e direção do vento: https://earth.nullschool.net/

segunda-feira, 27 de junho de 2016

20160627 00Z

Elaborado por: Luan Saraiva de Brito

Revisado por: Dayana Yordy

Na imagem de satélite do dia 27/06/2016 às 00 UTC observa-se o predomínio de tempo seco sobre grande parte do Brasil onde predominam contornos mais escuros (indicando menor presença de vapor d'água). Exceção feita para o oeste da região Norte e o Rio Grande do Sul. Grande parte da umidade sobre o estado gaúcho é resultado da atuação de um sistema de baixa pressão, localizado no norte da Argentina.

Figura 1: Imagem de Satélite (GOES-13) do Canal do vapor d'água das 00UTC do dia 27 de Junho de 2016. FONTE: CPTEC

Na carta sinótica de 250 hPa (figura 2) observa-se o jato subtropical (JS) passando pelo norte da Argentina e estendendo-se pelo Atlântico Sul. Os jatos polar norte e polar sul atuam no sul do Continente, próximo ao estreito de Drake. Além disso, duas circulações ciclônicas podem ser observadas com centros em 30°S e 70°O e 45°S e 40°O. 

Figura 2: Campo de linhas de corrente  e geopotencial em altitude ao nível de 250hPa.


Na figura 3, o corte vertical na longitude de 65° mostra que o centro do jato subtropical encontra-se em aproximadamente 250 hPa, enquanto os jatos polar sul e norte aparecem acoplados em 200 hPa.


Figura 3: Corte vertical da temperatura potencial (K) e contornos de magnitude do vento na longitude de 65ºO.

Na carta do nível de 500 hPa (figura 4) nota-se a configuração dos jatos polar norte e sul muito próxima ao do nível de 250 hPa, assim como a posição dos dois centros ciclônicos. Além disso, observa-se a presença de duas circulações anticiclônicas, a primeira centrada em 45°S e 55°O e a segunda em 20°S e 45°O.


Figura 4: Campo de linhas de corrente e geopotencial ao nível de 500hPa.

No nível de 850 hPa (figura 5) observa-se três anticiclones, localizados respectivamente em 30°S e 90°O, 45°S e 55°O e 37°S e 27°O. Enquanto centros de circulação ciclônicos atuam em 55°S e 85°O, 30°S e 65°O e 43°S e 40° O.

Figura 5: Campo de linhas de corrente, temperatura e geopotencial ao nível de 850hPa.

Na carta de superfície (Figura 6), uma frente fria associada a uma baixa pressão que atua próxima ao Uruguai encontra-se sobre o Paraguai e o oeste do Rio Grande do Sul, enquanto o ramo quente deste sistema atua sobre o sul gaúcho. Observa-se outro ciclone sobre o Atlântico Sul, onde atuam seus ramos frio e ocluso, com um anticiclone transiente atuando em sua retaguarda. Além disso, outra frente fria atua sobre grande parte do Pacífico Sul, associada a uma baixa pressão que está próxima ao estreito de Drake. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) atua com centro em 35°S e 85°O, enquanto a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) encontra-se em 35°S e 25° O. A ZCIT encontra-se sobre o Pacífico centrada em 8°N e sobre o Atlântico centrada em 6°N.

Figura 6: Campo de Pressão em superfície e espessura entre os níveis de 500 e 1000hPa.

Na figura 7, observa-se ausência de acumulados significativos de precipitação sobre a maior parte do Brasil, com exceção da faixa litorânea do Nordeste, extremo oeste da Amazônia e fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. 


Figura 7: Precipitação acumulada nas últimas 24 horas. FONTE: OGIMET

20160627 00Z

Elaborado por: Luan Saraiva de Brito

Na imagem de satélite do dia 27/06/2016 às 00 UTC observa-se o predomínio de tempo seco sobre grande parte do Brasil onde predominam contornos mais escuros (indicando menor presença de vapor d'água). Exceção feita para o oeste da região Norte e o Rio Grande do Sul. Grande parte da umidade sobre o estado gaúcho é resultado da atuação de um sistema de baixa pressão, localizado no norte da Argentina.

Figura 1: Imagem de Satélite (GOES-13) do Canal do vapor d'água das 00UTC do dia 27 de Junho de 2016. FONTE: CPTEC

Na carta sinótica de 250 hPa (figura 2) observa-se o jato subtropical (JS) passando pelo norte da Argentina e estendendo-se pelo Atlântico Sul. Os jatos polar norte e polar sul atuam no sul do Continente, próximo ao estreito de Drake. Além disso, duas circulações ciclônicas podem ser observadas com centros em 30°S e 70°O e 45°S e 40°O. 

Figura 2: Campo de linhas de corrente  e geopotencial em altitude ao nível de 250hPa.


Na figura 3, o corte vertical na longitude de 65° mostra que o centro do jato subtropical encontra-se em aproximadamente 250 hPa, enquanto os jatos polar sul e norte aparecem acoplados em 200 hPa.


Figura 3: Corte vertical da temperatura potencial (K) e contornos de magnitude do vento na longitude de 65ºO.

Na carta do nível de 500 hPa (figura 4) nota-se a configuração dos jatos polar norte e sul muito próxima ao do nível de 250 hPa, assim como a posição dos dois centros ciclônicos. Além disso, observa-se a presença de duas circulações anticiclônicas, a primeira centrada em 45°S e 55°O e a segunda em 20°S e 45°O.


Figura 4: Campo de linhas de corrente e geopotencial ao nível de 500hPa.

No nível de 850 hPa (figura 5) observa-se três anticiclones, localizados respectivamente em 30°S e 90°O, 45°S e 55°O e 37°S e 27°O. Enquanto centros de circulação ciclônicos atuam em 55°S e 85°O, 30°S e 65°O e 43°S e 40° O.

Figura 5: Campo de linhas de corrente, temperatura e geopotencial ao nível de 850hPa.

Na carta de superfície (Figura 6), uma frente fria associada a uma baixa pressão que atua próxima ao Uruguai encontra-se sobre o Paraguai e o oeste do Rio Grande do Sul, enquanto o ramo quente deste sistema atua sobre o sul gaúcho. Observa-se outro ciclone sobre o Atlântico Sul, onde atuam seus ramos frio e ocluso, com um anticiclone transiente atuando em sua retaguarda. Além disso, outra frente fria atua sobre grande parte do Pacífico Sul, associada a uma baixa pressão que está próxima ao estreito de Drake. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) atua com centro em 35°S e 85°O, enquanto a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) encontra-se em 35°S e 25° O. A ZCIT encontra-se sobre o Pacífico centrada em 8°N e sobre o Atlântico centrada em 6°N.

Figura 6: Campo de Pressão em superfície e espessura entre os níveis de 500 e 1000hPa.

Na figura 7, observa-se ausência de acumulados significativos de precipitação sobre a maior parte do Brasil, com exceção da faixa litorânea do Nordeste, extremo oeste da Amazônia e fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. 


Figura 7: Precipitação acumulada nas últimas 24 horas. FONTE: OGIMET

20160615 00Z

 por: Jimena Roncancio
revisado por: Martim Mas

A análise dos jatos na carta de 250 hPa (Figura 1), pode se ver o Jato subtropical percorrendo pelo subcontinente sul-americano entre os 20 e os 27 graus de latitude sul (Fúcsia) sobre Chile, Argentina e O Sul do Brasil. Os braços do Jato Polar Sul podem ser encontrados mais ao Sul do continente sobre a região patagônica do Chile e Argentina (JPN -Amarelo) e no Pacífico e Atlântico Sul entre os 55 e 60 graus de latitude Sul (JPS- Marrom). São observados sistemas de alta pressão formados sobre a Bolívia e no Oceano Atlântico aos 15S 10W, sendo este último a Alta Subtropical do Atlântico Sul, deslocada a norte de sua posição habitual de 30S.
 Figura1. Carta de vento e geopotencial em 250 hPa para o dia 15 de junho de 2016 00Z

A Figura 2 mostra a carta de 500 hPa. Identificam-se perturbações progressivas no Pacifico sul, uma delas sendo mais sobressaliente e se estendendo ao norte sobre os 85W. Uma crista é observada sobre a região Sul da Argentina, estendendo-se de norte a sul desde a Patagônia até a península Antártica. Esta crista favorece a formação de um cavado em 40W sobre o Atlântico sul. Mais ao Norte perturbações mais amplas aparecem sobre o pacífico entre 120W e 90W ao sul de 20S dando lugar à formação de um cavado. Sobre o oceano Atlântico observa-se um sistema de alta pressão em frente à costa do Uruguai e dos estados Brasileiros do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, causado por uma crista observada entre 30 a 35S e 30W e que  acaba favorecendo a formação de dois cavados nesta região. Identifica-se ainda a persistência em níveis mais baixos do sistema de alta pressão sobre a Bolívia e os estados brasileiros de Rondônia e Mato Grosso, além de um sistema de baixa pressão sobre o Oceano Pacífico aos 105⁰ de longitude oeste à altura da costa do Chile.

 Figura 2. Carta de vento e geopotencial em 500 hPa para o dia 15 de Junio de 2016 00Z

As observações podem ser corroboradas na imagem de satélite do Infravermelho (a), onde são apreciadas as zonas de maior densidade de nuvens em altitude sobre o oceano Pacífico e na região patagônica. Há também uma grande área de poucas nuvens sobre a região da Bolívia e a região do Brasil ocupada pelos estados de Rondônia e Mato Grosso, fruto da inibição de movimentos ascendentes causada pela Alta. Da mesma maneira podem ser advertidas as zonas de alta e baixa umidade correspondentes aos sistemas de baixa e alta pressão respectivamente, na imagem de satélite correspondente ao vapor de água (b).

Figura 3. Imagens de Satélite Goes-13 do canal 3 (infravermelho  -a) e 4 ( Vapor de água -b) para o dia 15 de Junio de 2016 00Z.

Fontes:
  • Imagens Satélite:
http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic;jsessionid=94C934C03876C380B0FC2DBFB9F0A81E
  • Cartas meteorológicas:
http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob

20160626 12Z

Analisando a Figura 1, correspondente ao nível de 250hPa, observa-se que os Jatos Polares estão localizados mais ao sul do Hemisfério Sul. O Jato Subtropical (em vermelho), pode ser localizado entre as latitudes de 20 e 40 S e, é possível observar também que seu ramo localizado entre as longitudes de 50 e 40 W possivelmente está dando suporte para o desenvolvimento de uma baixa em superfície. O Jato Polar Norte (em laranja) está localizado entre as latitudes de 30 e 55 S, enquanto o Jato Polar Sul (em roxo) fica confinado apenas entre as latitudes de 45 e 60 S.

Figura 1: Campo de linhas de corrente  e geopotencial em altitude ao nível de 250hPa das 12UTC do dia 26 de Junho de 2016.

Observa-se na Figura 2 que os dois ramos do Jato Polar ainda estão configurados no nível de 500hPa. Há também a presença de dois cavados, um configurado entre as latitudes de 15 e 30 S e longitudes de 30 a 20 W e, um segundo localizado mais ao sul, entre as latitudes de 35 e 50 S e longitudes de 50 e 40 W. Observa-se um vórtice ciclônico configurado na costa oeste do continente sul americano, o que introduz massas de ar oceânicas para essa região do continente. Sobre o sudeste do Brasil, há a presença de um centro de alta pressão, o que provoca uma compressão adiabática desde esse nível até a superfície, inibindo a formação de nuvens e causando aumento de temperatura no período diurno e uma grande queda da temperatura durante a noite. 

Figura 2: Campo de linhas de corrente  e geopotencial em altitude ao nível de 500hPa das 12UTC do dia 26 de Junho de 2016.

Na Figura 3, observa-se a configuração da atmosfera no nível de 850hPa. Nota-se a presença da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), localizada entre as latitudes de 30 e 40 S e longitudes de 40 e 20 W, e também uma alta localizada no Oceano Pacífico Leste, entre as latitudes de 25 e 35 S e longitudes de 90 e 80 W. Há também um centro de baixa pressão localizado na costa sul do continente sul americano, entre as latitudes de 40 e 50 S e longitudes de 50 e 40 W. Sobre o continente, nota-se a configuração de uma crista na região sudeste. Além disso, observa-se a configuração de um cavado entre as latitudes de 40 e 60 S e longitudes de 120 e 110 W. 

Figura 3: Campo de linhas de corrente  e geopotencial em altitude ao nível de 850hPa das 12UTC do dia 26 de Junho de 2016.

Para a análise do nível de superfície (Figura 4), observa-se que desprendeu-se uma frente fria do centro de baixa pressão mencionado na figura anterior sobre o Oceano Atlântico, com uma ramo frio, um ramo quente e um ramo ocluso. Esta frente ainda não atingiu o continente, porém, como apresenta um ramo ocluso e observa-se que o Jato Subtropical localiza-se no lado norte da baixa, possivelmente esta não irá se desenvolver além da configuração atual. Há também a presença de uma frente fria localizada entre as latitudes de 35 e 55 S e longitudes de 120 e 100 W, com uma ramo frio, um quente e um ramo ocluso. Os centros de alta pressão mencionados na figura anterior se estendem até o nível de superfície. Observa-se também que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) está localizada no Hemisfério Norte, o qual apresenta as maiores Temperaturas de Superfície do Mar (TSM) por apresentar-se na estação de verão. 

Figura 4: Campo de linhas de corrente  e geopotencial em altitude ao nível de 1000hPa das 12UTC do dia 26 de Junho de 2016.

Na Figura 5, observa-se a imagem do satélite GOES para o canal do Infravermelho. Nota-se a nebulosidade referente aos centros de baixa pressão e suas frente-frias, um localizado no Oceano Pacífico Sudeste e outro localizado no Oceano Atlântico Sudoeste. Observa-se que sobre a Argentina também há a configuração de uma nebulosidade a qual se estende até o ramo frio da frente fria localizada no oceano. É possível observar também a nebulosidade referente a ZCIT, a qual pode ser facilmente localizada.

Figura 5: Imagem de Satélite (GOES-13) do Canal Infravermelho das 12UTC do dia 26 de Junho de 2016. FONTE: CPTEC






domingo, 26 de junho de 2016

20160625 00Z

Por: Jorge Rosas Santana 

Na carta sinótica de 250 hPa nota-se a presença do jato subtropical (JST - em vermelho) em altos níveis numa faixa entre 20°S e 30°S. O jato polar norte (JPN - em laranja) fica ao sul do jato subtropical. O jato polar sul (JPS) está numa faixa noroeste-sudeste entre os 40° e 55°S, passando por 40°S/20°W. Na figura notamos a presença de dois centros de alta pressão ao norte do JST, um localizado a oeste do Brasil e outro no Atlântico Sul (AS) perto da costa nordeste de Brasil. O centro de baixa pressão é visto no Atlântico a leste da entrada do mar do caribe.
Nota-se um Cavado localizado ao longo da costa oeste do norte do Chile com uma baixa acoplada ao sul, é previsto uma região de convergência ao norte de Argentina e Chile e assim uma possível formação de um centro de baixa pressão nesta região em baixos níveis. Nota-se também a presença de outro cavado com orientação noroeste-sudeste à leste, isto pode produzir convergência nos mares à leste do Uruguai e Argentina. Nota-se um cavado a leste dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Com presença de uma crista à oeste do mesmo, gerando assim advecçao quente para os Estados mais ao sul do Brasil e Uruguai. 

Figura 1. Carta de 250 hpa . Fonte:Master 


No perfil vertical de vento médio zonal em 80°W e 15°W. Pode-se observar nos dois gráficos boa definição dos jatos, o JPS entre os 50°S e 60°S. O ramo oeste do JPN encontra-se mais ao norte do que o ramo leste.

Figura 2: Corte vertical do vento médio zonal para 80°W (esquerda)  e para 15°W (direita).







Na carta de 500 hPa (Figura 3) mostra-se a uma alta bem definida no centro do Brasil. Temos um cavado a leste perto da costa leste do Brasil, propiciando advecção quente com a crista à oeste para os Estados à sudeste do Brasil. Neste nível uma baixa ao noroeste do Chile junto a um cavado, isto favorece desenvolvimento de convecção ao norte de Argentina. Uma alta pressão se localiza à oeste e outra baixa bem definida no Pacífico. Observa-se o JPS com fortes ventos numa faixa noroeste-sudeste que chega perto do sul do Chile e Argentina. Também nota-se um cavado à leste dos mares de Argentina, o núcleo de jato nessa região pode favorecer a formação de uma baixa em baixos níveis.

Figura 3: Carta de 500 hpa . Fonte:Master


Na carta de 850 hPa (Figura 4) nota-se dois centros de alta pressão entre os 30°S e 40°S e 90°W e 40°W. Uma alta mais ao norte com centro em 20°S e 20°W. Também uma baixa pressão em 70°W e 25°S. O jato em baixos níveis se mostra na direção norte-sul com máximo entre os 20° e 20°S, justamente na região ao leste do cavado mostrado em 500 hPa e 250 hPa. Nota-se a presença de um pequeno cavado ao leste de Argentina.

Figura 4. Carta de 850 hpa . Fonte:Master
 No nível de superfície (Figura 5) temos a presença de um sistema de baixa pressão acoplado a uma frente fria e quente nos mares à leste do Brasil. Uma alta pressão localizada no Pacífico nos mares ao norte do Chile. Um sistema de alta pressão atrás da frente fria no sul do Atlântico. Em combinação com a baixa pressão que está gerando ventos fortes para a costa central do Brasil nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Nota-se a ZCIT no Atlântico (8° e 4°N ) mais ao sul do que o Pacífico, que está entre o 6°N e 13°N.

Figura 5. Carta de superfície  . Fonte:Master
 Na imagem de satélite de  infravermelho (Figura 6) se mostra região de convergência e nuvens convectivas no noroeste  de Brasil e a região de pacifico da ZIC. Na região do norte de Argentina se mostra região de convergência com fortes ventos na altura. Convergência também se observa ao norte de America do Sul e a região do pacifico central, e menos forte no atlântico na região do ZIC. Se mostra tambem a banda de nebulosidade onde fica a frente fria.

Figura 6. Imagem de satélite de Infravermelho  . Fonte:CPTEC
Na imagem de vapor de agua (Figura 7) da para encontrar a regiões com convergência, mostra-se claramente a presença da ZIC e convergência a norte de Brasil. O JST e JPS (en vermelho e azul ) se mostra além de 4 vórtices ciclônicos (circulo vermelho). Observa-se também a presença de instabilidade baroclínica em formação ao norte de argentina. 
No mapa de temperaturas  mostra-se os valores de temperatura do ar para as 00 de este dia. Mostra-se o contraste para o Brasil tudo com altas temperaturas ao norte chegando perto 28 graus. Enquanto ao sudeste temos baixo valores de temperatura chegando ate 8 e 10 graus.



Figura 7: Imagem de satélite de vapor de agua  . Fonte:CPTEC.


Figura 8: Temperaturas a 00 Z: Fonte :INMET.