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segunda-feira, 6 de junho de 2016

20160606 00Z


Analisado por: Janet Valdés Tito

Revisado: José Angel Riandes González


 
A Figura 1 mostra a ZCIT definida tanto no Oceano Atlântico (4º e 7º N) quanto no Pacífico (8º e 13ºN). Na imagem de satélite observa-se também a presença de uma Linha de Instabilidade (LI), a qual está relacionada com a precipitação na região Norte - Nordeste do Brasil, a LI pode ser melhor identificada através da animação da imagem de satélite com a temperatura realçada (Figura 2), a qual verifica-se o deslocamento da LI para o interior da Amazônia. O JST apresenta uma configuração zonal, e mais para abaixo os JPN e JPS, divididos em dois núcleos.  

 
Figura 1: Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água das 00Z do dia 06 de junho de 2016. As linhas laranja indica o JPN, violeta o JPS e vermelha o JST. A ZCIT está indicada em laranja e a LI de verde.

Figura 2: Animação de imagens do satélite GOES-13 Temperatura Realçada das 00Z  às  15Z do dia 06 de junho de 2016.


Na análise da carta sinótica no nível de 250 hPa (figura 3) observa-se uma ampla área de circulação anticiclônica com centro nos 5°S que influência parte do Centro-Oeste e Norte do Brasil. Nota-se a presença de outra região anticiclônica com centro localizado entre os 45 e 40°S  e nos 55°S/20ºW, observa-se um padrão de circulação ciclônica. Esta figura corrobora a posição dos jatos identificada na imagem de satélite (Figura 1). O jato subtropical (JST, linha vermelha) está situado aproximadamente entre os 17ºS e 30ºS, estendendo-se deste o Pacífico Central até o Atlântico, passando pelo centro do RS. Mais ao sul, encontra-se o ramo norte do Jato Polar (JPN) distribuído em dois núcleos, um no sul de Pacífico e a outro passando pelo Uruguai. Entre as latitudes de 46ºS e 57ºS, encontra-se o ramo sul do Jato Polar (JPS) distribuído também em dois núcleos, sul do Pacífico e porção sul do Atlântico.  
Figura 3: Campo de Linhas de Corrente e Geopotencial no nível de pressão de 250hPa.

Em 500 hPa (Figura 4) observa-se dois regiões de alta pressão (AP), uma localiza-se sobre o Oceano Pacifico com centro em 38ºS/95°W, e a outra entre os estados de BA e PE. Além disso, ainda há dois centros de baixa pressão (BP), um no Oceano Pacífico aos 25 ºS/100°W, e outro sobre o sul do Oceano Atlântico nos 57ºS/18°W. Os JPN e JPS continuam bem representados nas mesmas posições vistas anteriormente.
 
 Figura 4: Campo de Linhas de corrente e Geopotencial no nível de pressão de 500hPa.


Na carta de 850 hPa (Figura 5), visualiza-se o sinal da ASPS nos 40ºS-95ºW, além disso, nota-se dois sistemas de AP um em 33ºS/62ºW e nos 60ºS-48ºW. Ainda nesta carta, há três centros de BP relacionados a ciclones em superfície, localizados em 57ºS/70ºW, 37ºS/35ºW e 57ºS/18ºW respectivamente.
 Figura 5: Campo de Linhas de Corrente, Temperatura e Geopotencial no nível de pressão de 850 hPa.

Na análise da carta sinótica de superfície observa-se uma frente com baixa pressão de 1000 hPa centrada em torno de 59°S/18°W. Sobre o Oceano Atlântico se observa uma área de baixa pressão com valor de 1004 hPa, centrada em torno de 37°S/38°W, associada a mesma há uma frente fria que se estende em direção NW afetando os estados de MG e ES, colaborando para a nebulosidade verificada na imagem de satélite. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), encontra-se configurada com núcleo de 1028 hPa, a leste de 20°W (fora do domínio da imagem). A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) apresenta núcleo de 1032 hPa, centrada em torno de 38°S/95°W. Ao SW do ASPS observa-se um centro de BP localizado entre 52°S/105°W. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) oscila em torno de 07°N/13°N no Oceano Pacífico e em torno de 03°N/07°N no Oceano Atlântico. 
 
 Figura 6: Campo de Pressão em superfície e Espessura entre 1000 e 500hPa.


Pela análise da precipitação acumulada em 24h (Figura 7), destacam-se duas regiões de maior precipitação. Conforme mencionado anteriormente, pode-se ver a precipitação no SE associada à frente. Já a precipitação registrada no norte da região Norte e Nordeste do Brasil, está relacionada a convecção ocasionada pela Linha de Instabilidade (Vide Figura 2).



Figura 7: Dados de precipitação acumulada (mm) para a Região da América do Sul. FONTE: OGIMET







Referências: 
  1. Imagens de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic
  2. Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
  3. Precipitação acumulada 24 h: http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop?zona=amersurc&base=complex&proy=orto&ano=2015&mes=06&day=12&hora=12&vr4=R4&enviar=Ve

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