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quinta-feira, 9 de junho de 2016

20160609 00Z


Na análise da carta sinótica de 250 hPa da 00Z do dia 9 de junho de 2015,  nota-se a presença dos três jatos próximos, entre as latitudes de 25 e 40 S. Esse padrão é típico de um inverno severo. No Oceano Pacifico Sul, é possível observar uma crista bem profunda, além de outra zona de cavado que se estende desde o noroeste da Argentina ate 10 S do Oceano Pacifico. Centro de alta pressão fica perto de 10 S com 60 W. 
Por fim, é possível notar que a zona dos jatos forma um cavado no lado oeste do continente sul-americano.
Figura 1: Campo de linhas de vento e geopotencial para o nivel de 250 hPa (en vermelho o jato subtropical, amarelo o jato polar norte e azul o jato polar sul). Fonte: Master


Na figura 2 mostra o corte vertical da velocidade do vento zonal e a temperatura potencial, fixado na longitude de 15 W. Nota-se que o núcleo de ventos chegam a 60 m/s entre 30 y 35 S. Além disso, é possível observar o núcleo de 70m/s como máximo entre 200 e 300 hPa, para temperaturas de 340 e 330 K e, a presença dos jatos polares e subtropical  juntos.
Figura 2: Temperatura Potencial vs velocidade zonal media no meridiano 15 W. Fonte:Master
Na carta de 500 hPa (figura 3) nota-se a presença dos jatos polares, com núcleos de máximo entre 25 e 35 S, e entre 60 e 30 W, assim como uma crista bem estendida desde o sul de Chile, em direção noroeste, até 45 S. Além disso, tem-se um cavado acoplado ao sistema de baixa pressão em 30 S e 100 W, enquanto outra baixa localiza-se em 45 S e 50 W.   Observa-se claramente dois centros de circulação com vorticidade positiva  ao norte dos jatos, com um centro localizado no Atlântico Sul e outro no continente. Nota-se também um fluxo de leste em direção ao Amazonas neste nível.

Figura 3: linhas do vento e altura geopotencial para o nível de 500 hPa. Fonte: Master 


Na análise da carta sinótica de 850 hPa da 00Z do dia 9/06 (figura 4), observa-se a influência do dois núcleos de alta pressão no Oceano Pacifico Sul e uma baixa pressão ao leste da Argentina, juntamente com altos valores de vento de componente sul a leste de Argentina. Tem-se também uma advecção fria para os estados mais ao sudeste do Brasil. Para o norte de continente, tem-se a presença de fluxo de leste neste nível, um incremento de ar quente e úmido para o norte de Amazonas. 


Figura 4. Carta no nivel de 850 hPa, campo de geopotencial, temperatura e vento. Fonte:Master.

Na análise da carta sinótica de superfície (figura 5) e com ajuda do mapa de divergência de umidade (figura 6) nota-se alguns sistemas sinóticos influindo sobre a região. Pode-se observar a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) acima dos 5 N, sendo melhor representada acima do Panamá e acima da costa norte do Brasil. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) está deslocada para oeste, mas com influência do fluxo de leste na região norte do Brasil e norte de Amazonas, com vento de componente leste. A Alta do Pacifico mostra-se bem desenvolvida com valores de pressão no centro próximos a 1036 hPa. Nota-se a presença de uma região de alta pressão no continente com centro localizado sobre a região sudeste do Brasil. Esse padrão gera a presença de estabilidade e fluxo de ar vindo do sul para a região do sudeste do Brasil. Há também a presença de uma frente fria localizada sobre o estado de Minas Gerais, com uma frente secundária que pode reforçar as condições de inverno para essa região. Nota-se uma pequena região de baixa pressão ao sul de Argentina, juntamente com uma região de frente fria. Além disso, temos  a presença de dois sistemas de baixa pressão no Atlântico Sul. 
Figura 5: Carta no nível de superfície, pressão ao nível do mar, espessura entre 500 e 1000 hPa e vento em superfície. Fonte:Master.

Figura 6: Campo de vento e divergência da umidade em superfície. Fonte: Master. 

Na Figura 7, a imagem do infravermelho realçado mostra uma área convectiva na Amazônia. Esta área de nuvens convectivas está relacionada com o desenvolvimento de condições favoráveis a convecção, com valores elevados de CAPE, acima de 1000 em toda região (Figura 8). Também é visto uma região bem definida da Zona de Convergência Intertropical próxima à zona costeira da América Central, norte e nordeste do Brasil. As bandas de áreas de nuvem também mostram presença das frentes frias e quentes. No caso da frente fria, com presença no estado de Minas Gerais, a banda de nebulosidade não se mostra bem definida, o que indica um enfraquecimento da frente fria. Observa-se também sistemas de baixa pressão na região leste de Argentina, com uma nebulosidade convectiva muito bem desenvolvida.
Para imagem de vapor de água nota-se também a ZCIT bem definida  (Figura 9) e o Jato Subtropical bem definido como uma faixa de menor de umidade. Núcleos convectivos são também observados na região amazônica com altos valores de umidade.
Os dados de precipitação em 24 horas ate 00 z mostram-se para a região na figura 10. Os maiores acumulados ficam para a região oeste do Amazonas, com precipitação próxima a 22 mm. Isto ocorre devido a condições favoráveis para a convecção profunda na região. Também temos um valor isolado no norte do estado de Pará.
Para o resto do pais, foram observados baixos valores de precipitação acumulada no estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Os dados de temperatura mínima em 24 horas se mostram na figura 11. A mínima se aproximou a 6 graus no Rio Grande do Sul. Para o estado de São Paulo, os valores ficam abaixo dos 16 graus.




Figura 7: Imagem de satélite infravermelho realçado  . Fonte:CPTEC


Figura 8: Campo de vento em 200 mb , indice de levantamento e CAPE modelado. Fonte: Master.


Figura 9: Imagem de satélite de vapor de Agua . Fonte: CPTEC
Figura 10: Acumulado de precipitação em 24 horas . Fonte: OGIMET. 

Figura 11: temperatura minima nas ultimas 24 horas. Fonte: OGIMET.

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