Meteorologia Sinótica: 20160618 00Z

Por: Paola Bueno
Revisado por: Lucas

00Z18062016

Na carta de 250hPa (Figura 1), o jato subtropical (JST, linha vermelha) está situado entre 20ºS e 30ºS, passando sobre o Paraguai, PR, e norte de SC. Entre 30°S e 40°S, encontra-se o ramo norte do Jato Polar (JPN), passando sobre o RS. E entre 40ºS e 60ºS, encontra-se o ramo sul do Jato Polar (JPS).

A oeste do Peru e no Atlântico Tropical Sul existem regiões de circulação anticiclônica, além disso também é observado a presença de um cavado entre duas cristas no oceano Atlântico adjacente a costa sudeste da América do Sul e um cavado sobre o norte da Argentina e parte da Bolívia (Figura 1).

Figura 1. Análise do GFS-250 hPa para o dia 18 de junho de 2016 às 00Z. A linha vermelha indica o JST, a laranja o JPN e a amarelo o JPS. As linhas roxas tracejadas indicam os cavados e as roxas "dente de serra" as cristas. A letra A em vermelho representa os centros de alta pressão. Fonte: MASTER.

No canal do vapor d'água (Figura 2), nota-se a presença dos jatos novamente, sendo possível observar a presença do JST sobre o norte do Chile e da Argentina, e da ZCIT, localizada entre 5°N e 10°N.

Figura 2. Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água das 00Z do dia 18 de junho de 2016. A linha vermelha indica o JST, a laranja o JPN e a amarelo o JPS. A ZCIT está indicada em verde. Fonte: CPTEC.

Em 500hPa (Figura 3) há a atuação de um anticiclone no litoral da Bahia cuja circulação atua sobre grande parte do Brasil, com exceção da região sul onde há a presença de um cavado, assim como no norte da Argentina e sul da Bolívia.

Figura 3. Análise do GFS-500 hPa para o dia 18 de junho de 2016 às 00Z. As linhas roxas tracejadas os cavados e as roxas "dente de serra" as cristas. A letra A em vermelho os centros de alta pressão e a letra B em azul os de baixa pressão.Fonte: MASTER.

No campo sinótico de 850hPa (Figura 4) nota-se a Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) em 35°S e 85°O e a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) em 20°S e 35°O, cuja circulação atua em parte do Brasil, principalmente na Bahia e na região centro-oeste e sudeste do Brasil. Também é possível observar uma pequena circulação de alta sobre a região central da Argentina. Em 45°S e 40°O encontra-se o centro de baixa pressão associado ao cavado observado nas cartas de altitude, mostradas anteriormente. Além disso, próximo ao litoral da Bahia existe um cavado invertido que pode implicar em convergência de massa naquela região.

Figura 4. Análise do GFS-850 hPa para o dia 18 de junho de 2016 às 00Z. As linhas roxas tracejadas os cavados e as roxas "dente de serra" as cristas. A letra A em vermelho os centros de alta pressão e a letra B em azul os de baixa pressão.Fonte: MASTER.

Em superfície (Figura 5) nota-se a frente fria associada ao centro de baixa pressão centrado em 45°S e 40°O, também associado a ele existe uma frente quente atuando sobre o Atlântico. Na fronteira da Argentina com o Uruguai há um pequeno centro de alta pressão pós-frontal. A ZCIT encontra-se inclinada entre 15°N e 5°N no Pacífico e aproximadamente em 5°N no Atlântico.

Figura 5. Análise do GFS- Superfície para o dia 18 de junho de 2016 às 00Z. A letra A em vermelho os centros de alta pressão e a letra B em azul os de baixa pressão. A ZCIT está indicada em verde. Frente fria (azul) e frente quente (vermelho) também estão indicadas.Fonte: MASTER.

Na imagem do canal do infravermelho (Figura 6) há pequenas regiões convectivas associadas à ZCIT no Pacífico e poucas no Atlântico. A nebulosidade associada a frente fria mostrada anteriormente está bem visível, principalmente no oceano Atlântico.

Figura 6. Imagem de satélite GOES-13 de temperatura realçada no canal infravermelho das 00Z do dia 18 de junho de 2016. Fonte: CPTEC.

A passagem dessa frente fria na região sul do país foi responsável pela precipitação observada no Paraguai, RS, SC e sul do PR (Figura 7). Além disso, essa também foi responsável pelas temperaturas baixas registradas no RS, SC e sul do PR (Figura 8).