Análise por Leandro Rocha.
Análise sinótica
do dia 02/07/2015
Figura 1. Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água
das 00Z do dia 02 de Julho de 2015. A linha vermelha indica o JST, a
laranja o JPN e a linha amarela o JPS.
A imagem de satélite
no canal de vapor d'água mostra a ZCIT bem definida tanto no Oceano Atlântico
quanto no oceano Pacífico entre 5°N e 15°N. No oceano pacífico tem orientação
mais zonal e no Atlântico tem orientação sudoeste-nordeste. Além disso,
verifica-se o posicionamento dos jatos nas regiões mais secas. Há também em
parte de região Centro-Oeste e Norte uma região também seca, sem formação de
nuvens, padrão observado para o inverno nesta área.
Figura
2: Carta sinótica em 250 hPa. Jatos de altos níveis identificados pelas cores:
vermelha (JST), laranja (JPN) e amarelo (JPS). (Fonte: MASTER-IAG)
Em altos níveis nota-se a presença do
JST em quase toda imagem, sendo que no Pacífico ele está associado ao JPN. No Atlântico
também há a presença do JPN e do JPS acoplados, verificado pelo corte vertical
feito na longitude 20°W (Figura 3). Também foi feito um corte vertical em 115°W
(Figura 4) mostrando dois núcleos bem próximos, mais sul o JPN e ao norte o JST .
Além disso é possível ver uma região de circulação anticiclônica em 3°S - 70°W,
uma região de circulação ciclônica fechada em 30°S - 5°W, além de três cavados,
um no território brasileiro, um que cruza o Chile e outro no Pacífico.
Figura 3: Corte
vertical da temperatura potencial (K) em 20°W, entre as latitudes 70°S e 10°S.
Sombreamento indica intervalos de theta; isolinhas brancas, pontos médios dos
intervalos; isolinhas pretas, magnitude do vento (m/s) (Fonte: MASTER-IAG)
Figura 4: Corte
vertical da temperatura potencial (K) em 115°W, entre as latitudes 70°S e 10°S.
Sombreamento indica intervalos de theta; isolinhas brancas, pontos médios dos
intervalos; isolinhas pretas, magnitude do vento (m/s) (Fonte: MASTER-IAG)
Figura 5: Carta
sinótica no nível de 500 hPa. JPN em laranja e JPS em amarelo. (Fonte:
MASTER-IAG).
Em 500 hPa,
verifica-se duas regiões de circulação anticiclônica em 10°S - 75°W e 37°S - 5°W,
além de uma região de baixa em 25°S - 5°W. Há a presença também de cinco cavados,
dois no oceano Pacífico, um no litoral chileno, outro no Atlântico perto da
costa do Nordeste do Brasil, e por fim, mais um no Atlântico Sul. No oceano
Atlântico nota-se o JPN e o JPS associados à um sistema frontal em superfície.
Figura 6: Carta
sinótica no nível de 850 hPa. (Fonte: MASTER-IAG).
Em 850 hPa
(Figura 6), é possível visualizar duas regiões de circulação anticiclônica, uma
no Pacífico (35°S - 90°W) associada a um anticiclone transiente em superfície e
outra no Atlântico (33°S - 10°W) associada ao ASAS. Também verifica-se uma área
de circulação ciclônica em 53°S - 115°W, com um cavado acoplado. Além
disso há mais três cavados, um no litoral do Chile e dois outros no Atlântico
Sul, estes últimos relacionados à sistemas frontais em superfície. É importante
salientar a crista que estende do anticiclone no Atlântico até o território
brasileiro, causando um tempo mais estável.
Figura 7: Carta
sinótica em superfície. Em verde está assinalada a ZCIT. (Fonte: MASTER-IAG)
Na carta
sinótica de superfície (PRNM), a ZCIT encontra-se bem definida no oceano
Atlântico com orientação SW-NE, e no Pacífico, localizada entre 5°N e 10°N. Verifica-se
também três regiões de alta pressão, o ASAS localizado em 33°S e 5°W, uma região
de alta pressão no Pacífico, além de outra com centro entre o litoral do
Uruguai e Argentina, sendo um anticiclone transiente pós-frontal. Há três regiões de baixa
pressão com circulação fechada na imagem, duas com sistemas frontais associados
à elas, em 53°S - 15°W e 53°S - 115°W, e outra no litoral do Chile, que pode
ocasionar uma frontogênese assim que
cruzar os Andes. Também há um cavado no Atlântico Sul associado à advecção
fria de temperatura na área.
Figura 8:
Acumulado de precipitação em 24h (Fonte: ogimet.com)
Na imagem acima
observa-se os acumulados de precipitação nas últimas 24 horas. No norte da
região Sul do Brasil e parte de São Paulo e Mato Grossos do Sul choveu devido à passagem de uma frente, que já se deslocou para o litoral. No
Nordeste a precipitação ocorreu no litoral, onde os maiores acumulados foram
registrados no litoral do Rio Grande do Norte, devido a convergência de umidade
na região, como mostrado na figura 9, figura que também foi utilizada para
traçar as frentes na carta sinótica em superfície.
Figura 9:
Divergência de umidade em 1000 hPa e pressão reduzida ao nível médio do mar (hPa). (Fonte: Aulamaster)
Referências:
(1) Imagem de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logi
(1) Imagem de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logi
(2) Modelo de Previsão Global - MASTER-IAG: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
(3) Produto Aulamaster - MASTER-IAG
(4) http://www.ogimet.com
(4) http://www.ogimet.com
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