domingo, 6 de julho de 2015
20150706
Análise Sinótica das 12 Z do dia 06/07/2015
Analisado por:
Raidiel Puig
Figura 1. Imagem do satélite GOES-13 para o vapor d'água das 12 Z do dia 6 de julho de 2015. As linhas indicam a posição dos jatos (JST em vermelho, JPN em laranja JPS em amarelo). A ZCIT está indicada em verde. Fonte: CPTEC.
A Figura 1 mostra a ZCIT bem definida tanto no Oceano Atlântico quanto no Pacífico entre 5 e 9 N, sendo que no oceano Atlântico
ela possui orientação ENE-WSW, e no Pacífico, W-E. Os jatos JST y JPN se mantem acoplados apresentando uma configuração mais meridional no Pacifico, enquanto o JPS se manter mais separado ao sul. Para melhor identificar os Jatos, foi feito um corte vertical, na longitude de 40 W (Figura 3) onde verifica-se três núcleos principais de maiores intensidades do vento, os quais possuem temperatura potencial que variam entre 310 – 320K (JPS) e 330 – 350K (JST).
Figura 2. Carta sinótica em 250 hPa. Jatos identificados pelas cores: vermelha (JST), laranja (JPN) e amarelo (JPS). Fonte: Master/IAG.
Figura 3. Corte vertical em 40ºW da temperatura potencial (K) e magnitude do vento às 12Z do dia 6 de Julho de 2015. Fonte: Master/IAG
Na carta de 250 hPa (Figura 2), nota-se a presença de uma região de alta pressão (AP) localizada sobre o Oceano Pacífico (5ºS, 115ºW). Também se nota a presença de um cavado sobre o Peru e a metade norte do Chile. Ao oeste do continente, sobre Oceano Atlântico visualiza-se duas cristas e um cavado. Esta figura corrobora a posição dos jatos identificada na imagem de satélite.
Figura 4. Carta sinótica em 500 hPa. Alta e baixa pressão indicadas pelos círculos vermelho e azul, respectivamente. Cavado indicado pela linha tracejada e Crista, pela linha serrilhada. Fonte: Master/IAG.
Em 500 hPa (Figura 4), ainda há três regiões de AP, a alta pressão que encontrava-se no Pacifico, agora localiza-se mais ao sul e dois novos centros se observam em 13ºS, 38ºW e 33ºS, 8ºW; sobre a costa do Bahía e o Oceano Atlântico, respectivamente. Também se manteve com pouca mudança na posição dos cavados e crestas, com a excepção de o cavado que estava sobre o Chile e que agora encontra-se deslocado a loeste. Além disso, o JPN e o JPS continuam bem representados nas mesmas faixas vistas anteriormente.
Figura 5. Carta sinótica em 850 hPa. Alta e baixa pressão indicadas pelos círculos vermelho e azul, respectivamente. Cavado indicado pela linha tracejada e Crista, pela linha serrilhada. Fonte: Master/IAG.
Na carta de 850 hPa (Figura 5), visualiza-se o sinal da ASAS e ASPS (30ºS, 8ºW e 25ºS, 92ºW, respectivamente), além disso, nota-se uma AP no sudoeste do Atlântico relacionada com a alta pós-frontal em superfície. Ainda nesta carta, há um cavado que foi representado nas cartas de 500 y 250 hPa.
Figura 6. Campos de Vorticidade e Divergência de Umidade, gerados de GFS. Fonte: Master/IAG
Figura 7. Carta de superficie. Fonte: Master/IAG.
Na análise da carta sinótica de superfície das 12Z do dia 06/07 observa-se um sistema frontal ocluso é observado no Atlântico Sul, com centro de baixa pressão de 992 hPa localizado em aproximadamente 50°S/53°W. Um sistema frontal com ramo estacionário encontra-se atuando próximo ao sul da BA e estendendo-se com ramo frio sobre o Atlântico adjacente. Um A Alta Subtropical do Atlântico Sul com valor de 1024 hPa está localizado em aproximadamente 35°S/36°W. Já a Alta Subtropical do Pacífico Sul com valor de 1020hPa está localizado em aproximadamente 28°S/83°W. A Zona de Convergência Intertropical sobre o Atlântico e sobre o Pacífico está localizada aproximadamente entre 6°N e 10°N.
Figura 8. Acumulado de precipitação em 24 h. Fonte: ogimet.com
Pela análise da precipitação acumulada em 24 h (Figura 8), destacam-se duas regiões de maior precipitação. Conforme mencionado anteriormente, pode-se ver a precipitação no litoral da região nordeste, associada a convergência de umidade. Já a precipitação registrada no norte da região Norte do Brasil, está relacionada a convecção ocasionada pela área de instabilidade. O resto do pais manteve-se baixo a influencia do anticiclone pos-frontal, que estabeleceu condições de estabilidade com uma masa de ar fria y seca.
Referências:
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