Análise sinótica do dia 13 de julho de 2015 - 00Z
Analisado por: Vítor Silva Lopes
Figura 1. Imagem do Satélite GOES-13 no infravermelho. As linhas em vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente. Fonte: INPE/CPTEC/DSA.
A Figura 1 apresenta a imagem do satélite Goes-13 para o canal do infravermelho. Nota-se a presença do Jato Subtropical atuando sobre parte do norte/nordeste de Minas Gerais. A presença desse ramo pode estar associada a um cavado em superfície (Figura 5). Já os jatos polares aparentemente estão associados ao sistema frontal localizado sobre o Pacífico.
Figura 2. Análise da carta sinótica de 250hPa. As linhas em vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente. As linhas tracejadas em preto representam as regiões de cavado. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta de altitude (Figura 2) nota-se a presença do Jato Subtropical atuando desde o Pacífico leste até norte/nordeste do estado de Minas Gerais. O Jato Polar norte está diretamente associado ao sistema frontal que atua desde o noroeste da Argentina, próximo as províncias de Córdoba e Santa Fé, até o Atlântico adjacente. Já o Jato Polar Sul está associado ao ciclone em superfície atuando próximo ao litoral sul do Chile.
Figura 3. Análise da carta sinótica de 500hPa. As linhas tracejadas em preto representam as regiões de cavado. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta sinótica de 500hPa (Figura 3) nota-se um cavado sobre parte do litoral sul do Brasil. Esse cavado pode estar associado a grande nebulosidade presente na região como mostrado na Figura 1. Outros dois cavados podem ser observados sobre o Pacífico, ambos estão ligados a presença dos jatos em altos níveis.
Figura 4. Análise da carta sinótica de 850hPa. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta sinótica de 850hPa (Figura 4) nota-se um grande escoamento em direção ao sul do Brasil. Esse escoamento está associado ao ramo oeste da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) aliado a presença de um ciclone próximo a costa da Argentina.
Figura 5. Análise da carta sinótica de superfície. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta sinótica de superfície (Figura 5) nota-se a presença de um sistema frontal, com baixa em aproximadamente 55°O/45°S, atuando desde as províncias de Santa Fé e Córdoba, na Argentina, até o Atlântico adjacente. Próximo a esse sistema pode-se identificar também a Baixa do Noroeste da Argentina (BNOA). Um cavado atua próximo aos litorais sul e sudeste do Brasil. Outro sistema frontal pode ser observado sobre o Pacífico. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) está localizada em, aproximadamente, 5°O/35°S. Já a Alta Subtropical do Pacífico Sul tem centro de alta em torno de 105°O/37°S. A Zona de Convergência Intertropical atua entre 7°N/9°N no Atlântico e 8°N/12°N no Pacífico.
Figura 6. Precipitação acumulada em 24h. Fonte: Ogimet.
A Figura 6 apresenta o acumulado de precipitação entre os dias 12 e 13 de julho. Nota-se um grande acumulado sobre a região Sul do Brasil. Analisando os tempos anteriores, pode-se concluir que essa chuva foi causada pela pela presença de um cavado que se dissipou logo nas horas seguintes. As chuvas no nordeste podem estar associadas ao escoamento direcionado para região pela ASAS.
ANEXOS
Figura 7. Corte vertical para a longitude 80W. Fonte: Master-IAG.
Figura 8. PNMM e Divergência de umidade em 1000hPa. Fonte: Master-IAG.
Figura 9. Animação do Satélite GOES-13 no infravermelho. Deslocamento da precipitação na região sul do Brasil. Fonte: INPE/CPTEC/DSA.
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