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quarta-feira, 8 de julho de 2015

20150708

Análise sinótica do dia 08 de julho de 2015 às 00Z

Elaborado por Tayla Dias da Silva


Figura 1 -  Imagem de satélite GOES 13 do canal do vapor d'água. As linhas representam o JST (em vermelho), o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). A ZCIT está representada na cor verde. Fonte: CPTEC/INPE/DSA.
É possível ver, na imagem de satélite (fig. 1), que o aspecto do escoamento do Jato Subtropical, e ramos norte e sul do Jato Polar sobre o Oceano Pacífico é predominantemente zonal, fragmentando-se sobre o continente. Um trecho do JST encontra-se sobre o sul do MT, GO e MG e norte de SP e, sobre o Oceano Atlântico, o JPN e o JPS encontram-se acoplados. Sobre o Oceano Pacífico, a ZCIT tem intensa convecção, em geral, o aspecto da nebulosidade é zonal, porém, sobre o Oceano Atlântico, encontra-se ligeiramente ondulada.

Figura 2 - Análise da carta sinótica de 250hPa. As linhas contínuas representam o JST (em vermelho), o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). As linhas tracejadas representam os cavados (em amarelo escuro) e as linhas dente-de serra, as cristas (em vinho). Fonte: MASTER.
Na carta sinótica de 250hPa (fig. 2), pode-se notar que o cavado bem pronunciado sobre o continente é a causa da bifurcação do JST e do JPN. O JST e o JPN estão acoplados e contornam o cavado associado a um sistema frontal em superfície entre 18-32°S e entre 10-30°W, a curvatura ciclônica dá suporte dinâmico ao sistema frontal em superfície.



Figura 3 - Cortes verticais para as longitudes 95o, 55o e 15oW, respectivamente. Fonte: MASTER.



Figura 4 - Análise da carta sinótica de 250hPa. As linhas contínuas representam o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). As linhas tracejadas representam os cavados (em amarelo escuro) e as linhas dente-de serra, as cristas (em vinho). Fonte: MASTER.
Na carta sinótica de 500hPa (fig. 4), a confluência dos ventos do ramo leste da circulação anticiclônica centrada em 15°S/40°W e do cavado embebido neste escoamento contribui com o aumento da instabilidade nesta região. Neste nível, ainda é possível ver os ramos norte e sul do JP.


Figura 5 - Análise da carta sinótica de 850hPa. As linhas tracejadas representam os cavados (em amarelo escuro) e as linhas dente-de serra, as cristas (em vinho). Fonte: MASTER.
Na carta sinótica de 850hPa (fig. 5), já se pode ver o centro de baixa pressão associado ao cavado citado anteriormente 27°S/58°W, a crista profunda sobre o continente favorecendo a advecção de ar úmido do oceano para o litoral do nordeste brasileiro e, desde o RJ até o norte do Perú, inibindo a formação de nuvens sobre a região.


Figura 6 - Análise da carta sinótica de superfície.  As linhas tracejadas representam os cavados (em amarelo escuro)A ZCIT está representada na cor verde. Fonte: MASTER.
Na carta sinótica de superfície (fig. 6), pode-se notar a ASPS e a ASAS centradas em torno de 25°S/85°W e 40°S/10°W, respectivamente, a última deslocada em relação sua posição climatológica. Podem-se ver seis sistemas frontais, dois sobre o Oceano Pacífico, um sobre o continente e três sobre o Oceano Atlântico. Dois centros de baixa pressão relativa, um com o valor de 1016hPa localizado em 26°S/53°W e outro em 3°S/44°W e dois centros de alta pressão relativa, um com o valor de 1020hPa localizado em 33°S/58°W e outro em 50°S/52°W. A ZCIT entre 7-10°N aproximadamente zonal sobre o Oceano Pacífico e entre 5-10°N na direção WzN-EzN sobre o Oceano Atlântico. 


Figura 7 - Vorticidade (contorno) e divergência de umidade (preenchimento) em 1000hPa. Fonte: MASTER.


Figura 8 - Precipitação acumulada em 24h do dia 07/07/2015 as 09:00hl ao dia 08/07/2015 as 09:00hl. Fonte: OGIMET.
A figura 8 apresenta a precipitação acumulada durante 24h. Os maiores acumulados de precipitação foram registrados sobre a Bolívia e o Paraguai devido a presença de um cavado em 500hPa sobre esta região e um centro de baixa pressão que pode ser visto em 850hPa e em superfície ao sul do Paraguai. Em San Jose de Chiquitos, registrou-se cerca de 81mm de precipitação acumulada. Também houve um acumulado de precipitação significativo em Ivai-PR, onde foi registrado 57mm. Choveu na região sul do Brasil, SP, MS e sul MT e parte de GO por causa de dois centros de baixa pressão relativa, um associado a uma frente fria e outro, próximo ao litoral de RS e SC. Já na Guiana, no Suriname e na Guiana Francesa, a chuva se deve a presença dos ventos alísios e da ZCIT. No PA, AP e pontos isolados do AM por causa do calor e da umidade típicos da região, e sobre o Pará, pela existência de um centro de baixa pressão relativa. Sobre o litoral do nordeste brasileiro, há um cavado invertido em superfície e no nível de 850hPa, este, por sua vez, encontra-se  deslocado em direção ao oceano. Sobre uma extensa faixa do Brasil, predomina uma crista profunda em 850hPa que provocou secura na região.

Anexos
Figura 9 - PNMM (contorno em branco) e advecção de vorticidade relativa em 500hPa (contorno colorido). Fonte: MASTER.


Figura 10 - Vetor Q (setas) e linhas de corrente em 1000hPa (em verde). Fonte: MASTER.

Referências

Imagens de satélite (fig. 1). Modificado de:
<http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic>

Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície (figs. 2, 4, 5 e 6). Modificado de:
<http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob>

Aula master (figs. 3, 7, 9 e 10).

Precipitação acumulada (fig. 8):
<http://www.ogimet.com/gsynop.phtml>

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