Pode-se observar, ao sul da
imagem de satélite do vapor d'água (1), o Jato Subtropical (JST - 1) contornando um cavado no Oceano Pacífico Sudeste (a oeste
do Chile) e atravessando o centro do Chile e da Argentina. (O final) Uma extremidade do JST se encontra (sobe) próxima à costa da Bahia. O ramo norte do Jato Polar (JPN - 2) se acopla ao JST
na costa do Chile, atravessa o centro do Chile e da Argentina e se desacopla
sobre o Atlântico Sul. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT - 3) pode ser
observada no topo da imagem, onde é perceptível o pequeno deslocamento ao Sul
da parte Atlântica em relação à Pacifica (estreitar um pouco a ZCIT). Também nota-se que a zona de
instabilidade na costa do Pará, Maranhão e Piauí, observada na análise de
2015-05-21 00Z, adentrou mais o continente, causando uma grande nebulosidade no
Amapá, Pará e Manaus (somente uma parte da área dentro da linha verde...).
Para o nível de 250hPa, a análise
do GFS (2) mostra claramente onde o JST e o JPN se acoplam e se desacoplam (a linha referente ao JPN deve obedecer aos contornos das isotacas no Atlântico Sul), conforme explicado na imagem de satélite. A crista que se estende do Oceano
Pacífico até o NE da Argentina observada na análise de 2015-05-21 00Z, ainda
pode ser vista, porém, menos acentuada do que na imagem do dia anterior. Entretanto, ela se torna mais zonal no NE da Argentina alongando-se até o RS. Esta configuração intensifica o cavado corrente abaixo e pode-se até notar uma circulação ciclônica sobre o Paraguai/MS.
Para o nível de 500hPa a análise
do GFS (3) mostra o JPN separado. Observam-se algumas circulações anticiclônicas
centradas em 2°S – 99°W, 7°S – 46°W, 30°S – 45°W. Também nota-se uma circulação
ciclônica centrada em 23S 59W. (Neste nível é importante destacar os cavados e as cristas bem como a baroclinia ao sul de 35oS, onde pode-se ver o JPN. A circulação anticiclônica que se encontrava ao sul da ciclônica na análise de ontem deslocou-se para leste e a circulação anticiclônica que se encontrava sobre o Atlântico Equatorial deslocou-se para oeste).
No nível de 850 hpa, a análise do
GFS (4) mostra a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a Alta Subtropical do
Pacífico Sul (ASPS), assim como, a crista e o cavado, que se encontram sobre o
oceano Pacífico e oceano Atlântico, respectivamente. Neste nível é importante verificar a advecção de umidade resultante da circulação da ASAS, as regiões onde há intensa convergência de umidade, bem como a advecção de temperatura (ventos "cruzando"as isotermas).
A análise do GFS para a pressão reduzida ao nível médio do mar (5) mostra a Alta Subtropical do
Pacífico Sul (ASPS) e a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS). Nesta carta, nota-se a presença de duas frentes frias. A primeira frente se encontra na
parte sul da Argentina e do Chile, associada a baixa que se encontra
aproximadamente em 70° W. A segunda frente fria se encontra mais na parte
central da Argentina e Chile, e também atinge a parte sul do Uruguai. Esta
frente está associada com a baixa que se encontra sobre o oceano Atlântico, em
torno de 50° S e 30° W (Falta a frente quente. A frente fria está um pouco mais para norte, de acordo com o gradiente de espessura e dos ventos). Sobre a Costa do Nordeste do Brasil, pode-se observar que
os ventos são de sudeste (É interessante observar a desaceleração do vento na costa da Bahia, indicando uma forte convergência). Em relação a Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT), pode-se observar que a sua posição se encontra entre 5°N – 10° N (estreitar um pouco).
Referências:
(1) http://satelite.cptec.inpe.br/repositorio5/goes13/goes13_web/ams_vapor_baixa/2015/05/S11232953_201505220000.jpg;
(2) http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/POR_250_RITA.jpeg;
(3) http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/POR_500_RITA.jpeg;
(4) http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php?var=850;
(5) http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php?var=surface
Paulo Moura e Alexandre Manenti
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