Fernanda M. de Oliveira
Raidiel Puig
Figura 1: Imagem de satélite no canal de vapor d'água.
A Figura 1 mostra a ZCIT
(verde) não muito bem definida no Oceano Atlântico, orientada no
sentido ENE WSW, enquanto no Pacífico a convecção é mais
intensa, encontrando-se mais ao norte do que no Atlântico e alcançando a latitude de 15ºN. O Jato Subtropical (JST - vermelho)
inicia-se na região central do Pacífico Sul, passando pelo Chile, norte da Argentina e Uruguai; e estendendo-se até o oceano Atlântico, nas latitudes de 30ºS e 35ºS. O ramo norte do Jato Polar tem uma posição zonal (40ºS) no Atlântico, enquanto no Pacifico sua assinatura se manifesta apenas em uma pequena região. O Jato Polar Sul tem apenas representação no Atlântico Sul.
Figura 2: Carta sinótica em 250 hPa.
A distribuição zonal dos jatos de altos níveis se dá por extensão NO-SE
marcada pelo contorno de um cavado ao iniciar a passagem pelo continente. O
ramo sul do Jato Polar se manifesta somente no Atlântico Sul. O Jato
Subtropical apresenta maior intensidade principalmente na região compreendida
entre 25º-35ºS, 90º-110ºW no Pacífico Sul e entre 35º-45ºS e 0-55ºW,
aproximadamente, no Altântico Sul. O ramo norte do Jato Polar é mais intenso na
porção do Atlântico do que na porção de sua pequena assinatura no Pacífico. Um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis e 2 baixas se encontram centrados em 15ºS, 45ºW, 55ºS, 100ºW e 55º-60ºS, 30ºW. Dois centros de Alta Pressão dominam as laterais
do continente na faixa de 5ºS.
Figura 3: Carta sinótica em 500 hPa.
O Jato Subtropical
perde sua marca central a 500 hPa. O ramo norte do Jato Polar pode ser observado tanto no Oc. Pacífico quanto no Atlântico, enquanto seu ramo sul permanece com padrão semelhante ao nível de
250 hPa. A ASAS encontra-se centrada em 25ºS, 10ºW e a ASPS em 15ºS, 90ºW.
Cavados estendem-se do sul do Pacífico contornando o continente em direção à
costa do Peru, com uma descontinuidade de 35ºS a 50ºS. Uma crista se estende da
ASPS na direção sudeste; outra crista se manifesta ao longo da porção leste do
Sul da América, continente abaixo. Observa-se também a presença de centros de
Baixa Pressão fora do sudeste do Brasil e a norte das Guianas.
Figura 4: Carta sinótica em 850 hPa
A 850 hPa, a Alta
Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) se encontra centrada em torno de 20º-25ºS,
20ºW com valor de 156 dam. O centro de Alta Pressão que na superfície se
concentrava ao leste da Argentina, para este nível concentra-se ao nordeste da
Argentina, em torno de 35º-40ºS, 60ºW com valor de 153 dam. A Alta Subtropical
do Pacífico Sul (ASPS) está em torno de 25ºS, 85ºW, com valor também de 153 dam.
Há ainda a presença mais definida de uma Alta Pressão ao norte do equador, no
Pacífico, centrada em 5º-10ºN, 100º-110ºW com valor de 150 dam. Em 55ºS, 30ºW
identifica-se um centro de Baixa Pressão de valor 105 dam. Um cavado se estende meridionalmente no centro do Pacífico, outro na direção sudoeste nordeste ao sul do continente e UMA CRISTA cruza o
continente, do Peru à noroeste até SP (corrigir na figura). Uma circulação ciclônica se encontra sobre o NE da Argentina, Sul do Paraguai e região Sul do Brasil. Há forte convergência de umidade (campo não mostrado) a nordeste desta circulação devido à confluência dos ventos.
Figura 5: Carta sinótica em Superfície
Em superfície, é possível
observar a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) centrada em torno de
25ºS/10ºW, com valor de 1020 hPa. Em torno de 40ºS, 55ºW, ao leste da
Argentina, encontra-se outro centro de Alta Pressão com valor de 1024 hpa. A
Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) está centrada em torno de 25ºS, 80ºW
com valor de 1020 hpa. Destaca-se a presença de uma frente estacionária
passando pelo sudeste e sul da Argentina até o Pacífico Sul em torno de 95ºW; e
uma frente fria ao longo do Pacífico sudeste. Identifica-se ainda a atuação de
uma menor frente fria ao nordeste da Argentina, e uma frente quente no sudeste
de SC, aproximadamente. No Atlântico, a ZCIT localiza-se entre o equador e 5ºN
e no Pacífico mais ao norte entre 5ºN e 15ºN.
Figura 6: Acumulado de precipitação em 24h (Fonte: ogimet.com)
As precipitações na região noroeste do Brasil apresentam-se associadas à presença de uma área de instabilidade; enquanto, a nordeste, à presença da ZCIT. Outras regiões de concentração de chuvas predominantes ocorreram no Paraná, devido à aproximação de uma frente fria. No restante do território predominou a influência das altas pressões, desfavorecendo os processos de precipitação.
Referências:
Fig. 1 (adaptado): http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic
Fig. 2 (adaptado): http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
Fig. 3 (adaptado): http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
Fig. 4 (adaptado): http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
Fig. 5 (adaptado): http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
Fig. 6 (adaptado):
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo2/mapasPrecipitacao
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