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quarta-feira, 27 de maio de 2015

20150527

Análise por:
Fernanda M. de Oliveira

Raidiel Puig



                                           Figura 1: Imagem de satélite no canal de vapor d'água.

A Figura 1 mostra a ZCIT (verde) não muito bem definida no Oceano Atlântico, orientada no sentido ENE WSW, enquanto no Pacífico a convecção é mais intensa, encontrando-se mais ao norte do que no Atlântico e alcançando a latitude de 15ºN. O Jato Subtropical (JST - vermelho) inicia-se na região central do Pacífico Sul, passando pelo Chile, norte da Argentina e Uruguai; e estendendo-se até o oceano Atlântico, nas latitudes de 30ºS e 35ºS. O ramo norte do Jato Polar tem uma posição zonal (40ºS) no Atlântico, enquanto no Pacifico sua assinatura se manifesta apenas em uma pequena região. O Jato Polar Sul tem apenas representação no Atlântico Sul.

Figura 2: Carta sinótica em 250 hPa.


A distribuição zonal dos jatos de altos níveis se dá por extensão NO-SE marcada pelo contorno de um cavado ao iniciar a passagem pelo continente. O ramo sul do Jato Polar se manifesta somente no Atlântico Sul. O Jato Subtropical apresenta maior intensidade principalmente na região compreendida entre 25º-35ºS, 90º-110ºW no Pacífico Sul e entre 35º-45ºS e 0-55ºW, aproximadamente, no Altântico Sul. O ramo norte do Jato Polar é mais intenso na porção do Atlântico do que na porção de sua pequena assinatura no Pacífico. Um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis e 2 baixas se encontram centrados em 15ºS, 45ºW, 55ºS, 100ºW e 55º-60ºS, 30ºW. Dois centros de Alta Pressão dominam as laterais do continente na faixa de 5ºS.


Figura 3: Carta sinótica em 500 hPa.

O Jato Subtropical perde sua marca central a 500 hPa. O ramo norte do Jato Polar pode ser observado tanto no Oc. Pacífico quanto no Atlântico, enquanto seu ramo sul permanece com padrão semelhante ao nível de 250 hPa. A ASAS encontra-se centrada em 25ºS, 10ºW e a ASPS em 15ºS, 90ºW. Cavados estendem-se do sul do Pacífico contornando o continente em direção à costa do Peru, com uma descontinuidade de 35ºS a 50ºS. Uma crista se estende da ASPS na direção sudeste; outra crista se manifesta ao longo da porção leste do Sul da América, continente abaixo. Observa-se também a presença de centros de Baixa Pressão fora do sudeste do Brasil e a norte das Guianas.


Figura 4: Carta sinótica em 850 hPa

A 850 hPa, a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) se encontra centrada em torno de 20º-25ºS, 20ºW com valor de 156 dam. O centro de Alta Pressão que na superfície se concentrava ao leste da Argentina, para este nível concentra-se ao nordeste da Argentina, em torno de 35º-40ºS, 60ºW com valor de 153 dam. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) está em torno de 25ºS, 85ºW, com valor também de 153 dam. Há ainda a presença mais definida de uma Alta Pressão ao norte do equador, no Pacífico, centrada em 5º-10ºN, 100º-110ºW com valor de 150 dam. Em 55ºS, 30ºW identifica-se um centro de Baixa Pressão de valor 105 dam. Um cavado se estende meridionalmente no centro do Pacífico, outro na direção sudoeste nordeste ao sul do continente e UMA CRISTA cruza o continente, do Peru à noroeste até SP (corrigir na figura). Uma circulação ciclônica se encontra sobre o NE da Argentina, Sul do Paraguai e região Sul do Brasil. Há forte convergência de umidade (campo não mostrado) a nordeste desta circulação devido à confluência dos ventos.


Figura 5: Carta sinótica em Superfície

Em superfície, é possível observar a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) centrada em torno de 25ºS/10ºW, com valor de 1020 hPa. Em torno de 40ºS, 55ºW, ao leste da Argentina, encontra-se outro centro de Alta Pressão com valor de 1024 hpa. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) está centrada em torno de 25ºS, 80ºW com valor de 1020 hpa. Destaca-se a presença de uma frente estacionária passando pelo sudeste e sul da Argentina até o Pacífico Sul em torno de 95ºW; e uma frente fria ao longo do Pacífico sudeste. Identifica-se ainda a atuação de uma menor frente fria ao nordeste da Argentina, e uma frente quente no sudeste de SC, aproximadamente. No Atlântico, a ZCIT localiza-se entre o equador e 5ºN e no Pacífico mais ao norte entre 5ºN e 15ºN.


Figura 6: Acumulado de precipitação em 24h (Fonte: ogimet.com)   

As precipitações na região noroeste do Brasil apresentam-se associadas à presença de uma área de instabilidade; enquanto, a nordeste, à presença da ZCIT. Outras regiões de concentração de chuvas predominantes ocorreram no Paraná, devido à aproximação de uma frente fria. No restante do território predominou a influência das altas pressões, desfavorecendo os processos de precipitação.


Referências:

Fig. 1 (adaptado): http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic


Fig. 2 (adaptado): http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob



Fig. 3 (adaptado): http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob



Fig. 4 (adaptado): http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob



Fig. 5 (adaptado):  http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob



Fig. 6 (adaptado): http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo2/mapasPrecipitacao






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