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sexta-feira, 29 de maio de 2015

20150529

20150529 - 00Z
Analisado por: Victor Chávez Mayta e Vannia Aliaga Nestares 




Figura 1 - Imagem de vapor de água (satélite GOES 13). As linhas representam o Jato Subtropical (JST) (vermelho), o ramo Norte do Jato Polar (JPN) (laranja) e o ramo Sul do Jato Polar (JPS) (amarelo).
Fonte: CPTEC.

Na figura 1 mostra-se a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) (verde) bem definida no Oceano Atlântico com posição horizontal em comparação com a localizada no Pacífico que se encontra orientada no sentido NW-SE. O cavado do JSB deslocou-se para leste com relação ao dia anterior, tendo seu eixo sobre MT e MS . Além disso, observa-se acoplamento dos JST e JPN (e JPS - veja na análise de 250hPa e corte vertical: o JPS está limitado às latitudes maiores, a leste do extremo sul da Argentina) no Atlântico Sul. No centro de Argentina nota-se também bastante nebulosidade associada à passagem de uma frente fria em superfície e a difluência do JST e JPN nos níveis altos. A instabilidade na região sudeste do Brasil e na Amazônia foi maior em comparação com o dia anterior.  

Figura 2 - Análise dos ventos e altura geopotencial do modelo GFS em 250 hPa. JST (vermelho), JPN (laranja) e JPS (amarelo), linhas pretas tracejadas representam os cavados e linhas pretas `dente de serra`, as cristas
Fonte: MASTER

No análise da carta sinótica de 250 hPa do GFS pode-se identificar o JST estendido de forma quasi-zonal sobre o Pacífico e Atlântico, mas formando um cavado sobre o sul do Brasil com eixo sobre os 50° W de longitude. O JPN pode ser identificado sobre o sul de Argentina e acoplado ao JST no Atlântico.  Seguindo os critérios de identificação do jatos, na longitude de 45°W se identificou o JST 25 e 35 °S e o JPN entre 45 e 55 °S (Ver anexo). 
Foram identificadas duas circulações anticiclônicas com centros em 88°W - 12°S e 22°W - 5°S, além de duas circulações ciclônicas com centros em 80°W - 52°S e 50°W - 35°S.


Figura 3 - Análise de ventos e altura geopotencial do modelo GFS em 500 hPa.  JPN (laranja) e JPS (amarelo), linhas pretas tracejadas representam os cavados e linhas pretas `dente de serra`, as cristas
Fonte: MASTER

No análise da carta sinótica de 500 hPa do GFS pode-se identificar o JPN estendido no Pacífico em relação ao nível de 250 hPa, além de seu acoplamento com o JST no Atlántico. Com respeito ao dia anterior observa-se o cavado sobre continente deslocando-se com direção nordeste e manifestando intensidade e profundidade. Observam-se também duas circulações anticiclônicas com centros localizados em 80°W - 18°S e 18°W - 10°S, e quatro circulações ciclônicas.


Figura 3 - Análise de ventos e altura geopotencial do modelo GFS em 850 hPa.  Linhas pretas tracejadas representam os cavados e linhas pretas `dente de serra`, as cristas
Fonte: MASTER

No análise da carta sinótica de 850 hPa de GFS pode-se identificar duas circulações anticiclônicas e três circulações ciclônicas, das quais dois estão gerando instabilidade no continente. A baixa localizada em  45°W - 30°S está associada a um frente em superfície afetando a região sudeste do Brasil com chuvas e nebulosidade devido também aos ventos de nordeste associados à circulação anticiclônica do Atlântico. Por outro lado, a baixa localizada em 80°W - 52°S também se encontra associada à passagem de uma frente em superfície afetando o sul de Chile e Argentina com chuvas e nebulosidade.

Figura 4 - Análise de ventos em superfície, pressão ao nível do mar  e espessura entre 500 e 1000 hPa do modelo GFS .  Linhas azuis representam frentes frias; vermelhas, frentes quentes; roxas, frentes oclusas; e verdes, a ZCIT. 
Fonte: MASTER

A análise da carta sinóptica em superfície permite identificar a ZCIT quasi-zonal no Atlântico em 5°N aproximadamente e orientada com direção NW-SE no Pacífico. Observam-se quatro baixas, uma delas no Hemisfério Norte configurando provavelmente uma tormenta tropical, e as outras três localizadas no Hemisfério Sul configurando sistemas frontais. Além disso nota-se um sistema frontal em 40°W e uma frente estacionária no Atlântico Sul associada ao sistema frontal localizado na costa  sudeste do Brasil.     



Figura 5 - Precipitação acumulada em 24 h  (desde 09:00 hl de 28/05/2015 até 09:00 hl de 29/05/2015) de dados SYNOP . 
Fonte: OGIMET

Na figura 5 observa-se maiores acumulados de precipitação na região sul e sudeste do Brasil, além da zona leste de Uruguai, associadas ao passagem da frente fria e pela ciclogênese originada pelo cavado em níveis altos e médios observado nas figuras 2 e 3. Outra zona com precipitações importantes é o litoral norte do Brasil devido a os ventos do leste que geraram uma linha de instabilidade deslocando-se com direção à bacia amazônica. Observa-se também máximas precipitações nas Guianas relacionadas com o posicionamento da ZCIT.


Anexo:

Figura 6 - Vorticidade e divergência de umidade em 1000hPa. Fonte: MASTER.

   Figura 7 - Corte vertical. Longitude  45o W. Fonte: MASTER.

Referencias:

  1. Imagens de satélite :http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logi
  2. Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
  3. Precipitação acumulada 24 h: http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop zona=amersurc&base=bluem&proy=orto&ano=2015&mes=05&day=29&hora=12&vr4=R4&enviar=Ver

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