Analisado por: Alberto Bié e Vítor Lopes
Figura 1. Imagem do Satélite GOES-13 no infravermelho. As linhas em
vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte
(JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente (os jatos desta imagem de satélite devem ser os mesmos identificados em 250hPa). Fonte: INPE/CPTEC/DSA.
Na Figura 1 nota-se a presença
da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atuando sobre o Oceano Atlântico
na altura do Amapá, sua componente sobre o Pacífico atua próximo a costa da
América Central. Não houve grande mudança de posição em relação ao dia
anterior.
O cavado anteriormente localizado
sobre a região central do Brasil agora se desloca para leste e ganha uma
componente meridional mais pronunciada, com isso os sistemas em superfície se
movem em direção ao oceano Atlântico fazendo com que grande parte da
nebulosidade sobre a região se dissipe.
Figura 2. Análise da carta sinótica de 250hPa. As linhas em
vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte
(JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente. As linhas tracejadas em preto
representam as regiões de cavado. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta sinótica de
250hPa (Figura 2) nota-se a presença de um cavado entre as províncias de Buenos
Aires e Córdoba (Argentina), a nebulosidade decorrente desse cavado pode ser
observada através da Figura 1. Notam-se dois núcleos de maior intensidade dos
ventos nos Jatos Polar Norte e Polar Sul sobre o Oceano Atlântico. Ambos estão associados à evolução de sistemas sinóticos em superfície.
Figura 3. Análise da carta sinótica de 500hPa. As linhas em vermelho
e amarelo representam os jatos Subtropical (JST e Polar Sul (JPS),
respectivamente. As linhas tracejadas em preto representam as regiões de
cavado. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta sinótica
de 500hPa (Figura 3) nota-se a presença de um cavado sobre a costa sul/sudeste
do Brasil. A região a leste desse cavado possui uma componente meridional
bastante pronunciada,em função dessa componente, os sistemas transientes em
superfície são deslocados para o Atlântico Leste.
Figura 4. Análise
da carta sinótica de 850hPa. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta sinótica
de 850hPa (Figura 4) nota-se um escoamento bastante intenso associado ao ramo
oeste do sistema de alta pressão e o ramo leste do ciclone extratropical, ambos
localizados sobre o Oceano Atlântico. Também se destaca o Jato de Baixos Níveis
(JBN) localizado a leste dos Andes.
Figura 5. Análise
da carta sinótica de superfície. Fonte: INPE/CPTEC.
Na análise da carta sinótica
de superfície (Figura 5) nota-se a presença da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) localizada entre 3°N
- 5°N sobre o Atlântico e
entre 5°N-10°N sobre o Pacífico, aproximadamente. A Alta Subtropical do
Atlântico Sul (ASAS) tem centro de alta pressão associado localizado em torno
de 18°O/38°S. Embebido em parte do seu ramo oeste encontra-se um ciclone
extratropical com centro de baixa localizado em, aproximadamente, 43°O/35°S. Um
sistema frontal se desprende desse sistema e atua próximo a fronteira dos
estados de São Paulo e Rio de Janeiro e sobre o Atlântico adjacente. A posição
dos Jatos de Altos Níveis em relação a esse sistema indica que parte desta onda está em oclusão. A Alta Subtropical do
Pacífico Sul (ASPS) tem seu centro localizado por volta de 92°O/28°S e atua em
grande parte do litoral oeste da América do Sul. Outros sistemas transientes
podem ser observados tanto sobre o Atlântico quanto sobre o Pacífico.
Figura 6. Precipitação
acumulada em 24h. Fonte: Ogimet.
Na Figura 6 observa-se um acumulado de precipitação na região sudeste do Brasil. Essa precipitação está diretamente associada a passagem do sistema frontal que hoje se encontra próximo dos litorais de São Paulo e Rio de Janeiro como citado na Figura 5. A diminuição da taxa de precipitação no sul do país se deve, principalmente, pela incursão de um anticiclone migratório pós-frontal que inibe a convecção na região. Espera-se, portanto, que nos próximos dias esse anticlone atinja a região sudeste e cause uma queda brusca na temperatura e diminuição nas taxas de precipitação.
Figura 7. Advecção de vorticidade relativa em 1000hPa. Fonte: Master.
Nota-se que a região do ciclone extratropical apresenta advecção de vorticidade positiva (?), isso pode estar ocorrendo pelo ciclone estar se encaminhando para oclusão. Durante a oclusão o sinal da advecção de vorticidade gerada pelo anticiclone pós-frontal (>0) possivelmente está predominando sobre o sinal da vorticidade gerada pelo ciclone (<0).
Anexos
Figura 8. Corte vertical para 10°O. Fonte: Master.
Figura 9. Divergência de umidade em 1000hPa. Fonte: Master.
Referências:
Cartas sinóticas de 250hPa, 500hPa, 850hPa e superfície (Figuras 2, 3, 4 e 5) (modificadas) de:
<http://img0.cptec.inpe.br/~rgptimg/Produtos-Pagina/Carta-Sinotica/Analise/impressao/>
Imagem de satélite (Figura 1) (modificada):
<http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic>
Precipitação acumulada em 24h (Figura 6):
<http://www.ogimet.com/gsynop.phtml>
Produtos GPT:
<http://gpt.cptec.inpe.br/>
Ciclone extratropical tem frentes associadas (assimétrico). Veja o cyclone phase space:
ResponderExcluirhttp://moe.met.fsu.edu/cyclonephase/gfs/fcst/index.html