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sábado, 30 de maio de 2015

20150530

20150530 - 00Z
Analisado por: Alberto Bié e Vítor Lopes




Figura 1. Imagem do Satélite GOES-13 no infravermelho. As linhas em vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente (os jatos desta imagem de satélite devem ser os mesmos identificados em 250hPa). Fonte: INPE/CPTEC/DSA.

Na Figura 1 nota-se a presença da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atuando sobre o Oceano Atlântico na altura do Amapá, sua componente sobre o Pacífico atua próximo a costa da América Central. Não houve grande mudança de posição em relação ao dia anterior.

O cavado anteriormente localizado sobre a região central do Brasil agora se desloca para leste e ganha uma componente meridional mais pronunciada, com isso os sistemas em superfície se movem em direção ao oceano Atlântico fazendo com que grande parte da nebulosidade sobre a região se dissipe.


Figura 2. Análise da carta sinótica de 250hPa. As linhas em vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente. As linhas tracejadas em preto representam as regiões de cavado. Fonte: INPE/CPTEC.

Na análise da carta sinótica de 250hPa (Figura 2) nota-se a presença de um cavado entre as províncias de Buenos Aires e Córdoba (Argentina), a nebulosidade decorrente desse cavado pode ser observada através da Figura 1. Notam-se dois núcleos de maior intensidade dos ventos nos Jatos Polar Norte e Polar Sul sobre o Oceano Atlântico. Ambos estão associados à evolução de sistemas sinóticos em superfície.



Figura 3. Análise da carta sinótica de 500hPa. As linhas em vermelho e amarelo representam os jatos Subtropical (JST e Polar Sul (JPS), respectivamente. As linhas tracejadas em preto representam as regiões de cavado. Fonte: INPE/CPTEC.

Na análise da carta sinótica de 500hPa (Figura 3) nota-se a presença de um cavado sobre a costa sul/sudeste do Brasil. A região a leste desse cavado possui uma componente meridional bastante pronunciada,em função dessa componente, os sistemas transientes em superfície são deslocados para o Atlântico Leste.



Figura 4. Análise da carta sinótica de 850hPa. Fonte: INPE/CPTEC.

Na análise da carta sinótica de 850hPa (Figura 4) nota-se um escoamento bastante intenso associado ao ramo oeste do sistema de alta pressão e o ramo leste do ciclone extratropical, ambos localizados sobre o Oceano Atlântico. Também se destaca o Jato de Baixos Níveis (JBN) localizado a leste dos Andes.


Figura 5. Análise da carta sinótica de superfície. Fonte: INPE/CPTEC.

Na análise da carta sinótica de superfície (Figura 5) nota-se a presença da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) localizada entre 3°N - 5°N sobre o Atlântico e entre 5°N-10°N sobre o Pacífico, aproximadamente. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tem centro de alta pressão associado localizado em torno de 18°O/38°S. Embebido em parte do seu ramo oeste encontra-se um ciclone extratropical com centro de baixa localizado em, aproximadamente, 43°O/35°S. Um sistema frontal se desprende desse sistema e atua próximo a fronteira dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e sobre o Atlântico adjacente. A posição dos Jatos de Altos Níveis em relação a esse sistema indica que parte desta onda está em oclusão. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) tem seu centro localizado por volta de 92°O/28°S e atua em grande parte do litoral oeste da América do Sul. Outros sistemas transientes podem ser observados tanto sobre o Atlântico quanto sobre o Pacífico.


Figura 6. Precipitação acumulada em 24h. Fonte: Ogimet.

Na Figura 6 observa-se um acumulado de precipitação na região sudeste do Brasil. Essa precipitação está diretamente associada a passagem do sistema frontal que hoje se encontra próximo dos litorais de São Paulo e Rio de Janeiro como citado na Figura 5. A diminuição da taxa de precipitação no sul do país se deve, principalmente, pela incursão de um anticiclone migratório pós-frontal que inibe a convecção na região. Espera-se, portanto, que nos próximos dias esse anticlone atinja a região sudeste e cause uma queda brusca na temperatura e diminuição nas taxas de precipitação.


Figura 7. Advecção de vorticidade relativa em 1000hPa. Fonte: Master.

Nota-se que a região do ciclone extratropical apresenta advecção de vorticidade positiva (?), isso pode estar ocorrendo pelo ciclone estar se  encaminhando para oclusão. Durante a oclusão o sinal da advecção de vorticidade gerada pelo anticiclone pós-frontal (>0) possivelmente está predominando sobre o sinal da vorticidade gerada pelo ciclone (<0).


Anexos


Figura 8. Corte vertical para 10°O. Fonte: Master.


Figura 9. Divergência de umidade em 1000hPa. Fonte: Master.




Referências:

Cartas sinóticas de 250hPa, 500hPa, 850hPa e superfície (Figuras 2, 3, 4 e 5) (modificadas) de:
<http://img0.cptec.inpe.br/~rgptimg/Produtos-Pagina/Carta-Sinotica/Analise/impressao/>

Imagem de satélite (Figura 1) (modificada):
<http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic>

Precipitação acumulada em 24h (Figura 6):
<http://www.ogimet.com/gsynop.phtml>

Produtos GPT:
<http://gpt.cptec.inpe.br/>










Um comentário:

  1. Ciclone extratropical tem frentes associadas (assimétrico). Veja o cyclone phase space:
    http://moe.met.fsu.edu/cyclonephase/gfs/fcst/index.html

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