Analisado por: Vítor Lopes
Figura 1.
Imagem
do Satélite GOES-13 no infravermelho. As linhas em vermelho, laranja e amarelo
representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS),
respectivamente. Fonte: INPE/CPTEC/DSA.
Na
análise da imagem no canal do infravermelho do satélite GOES-13 (Figura 1)
nota-se a presença dos Jatos de Altos Níveis atuando sobre boa parte da região
centro-sul da Argentina e Uruguai. O furacão Blanca, citado nas análises
anteriores, continua atuando sobre o Pacífico Equatorial, porém bastante
enfraquecido, espera-se que já nos próximos dias esse sistema se dissipe. A
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) continua a atuar sobre o Pacífico na
altura da Colômbia, e sobre o Atlântico na altura do Amapá.
Figura 2.
Análise
da carta sinótica de 250hPa. As linhas em vermelho, laranja e amarelo
representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS),
respectivamente. As linhas tracejadas em preto representam as regiões de
cavado. Fonte: INPE/CPTEC.
Na
análise da carta sinótica de altos níveis (Figura 2) nota-se um escoamento dos
Jatos de Altos Níveis bastante zonal sobre o continente, ou seja, sem a
presença de cavados e cristas. Essa configuração faz com que sistemas
transientes vindos do extremo sul sejam deslocados mais rapidamente em direção
ao Atlântico, desta forma, a probabilidade de qualquer desses sistemas atingirem
a região sudeste do Brasil é bastante pequena.
Figura 3.
Análise
da carta sinótica de 500hPa. As linhas em laranja e amarelo representam os jatos Polar
Norte (JPN)
e Polar Sul (JPS), respectivamente. Fonte: INPE/CPTEC.
Na
análise da carta sinótica de 500hPa (Figura 3) nota-se a presença dos Jatos
Polar Norte e Polar Sul atuando sobre a região central de Chile e Argentina. Uma
região de alta pressão atua sobre o Paraguai e pode estar associada pouca
nebulosidade presente na região (Figura 1).
Figura 4.
Análise
da carta sinótica de 850hPa. Fonte: INPE/CPTEC.
Na
análise da carta sinótica de 850hPa (Figura 4) nota-se um escoamento bastante
intenso associado ao ramo oeste da ASAS, por conta dele, boa parte do
fluxo da região é direcionado para o Atlântico sudeste. Outro escoamento bastante
intenso pode ser percebido atuando sobre o litoral do Chile.
Figura 5.
Análise
da carta sinótica de superfície. Fonte: INPE/CPTEC.
Na
análise da carta sinótica de superfície das 00Z (Figura 5) nota-se a presença
da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) com centro de baixa associado localizado
em, aproximadamente, 30°S/20°O. Embebido em parte do seu ramo oeste, se destaca um cavado que atua
sobre boa parte do litoral do Nordeste. Já a Alta Subtropical do Pacífico Sul
(ASPS) atua sobre o Pacífico oeste com seu centro de baixa localizado fora do
domínio da imagem. Dela se desprendem dois cavados que atuam também sobre o
Pacífico. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atua em torno de 04°N/06°N, sobre o
Atlântico, e próximo de 05°N/10°N sobre o Pacífico. Um sistema frontal,
com centro de baixa localizado em torno de 53°S/34°O, se estende desde a província de
Santa Fé, na Argentina, até o Atlântico adjacente. Outros sistemas transientes
podem ser observados sobre o Atlântico sul e leste.
Figura 6.
Precipitação
acumulada em 24h. Fonte: Ogimet.
Na Figura
6 nota-se um acumulado de precipitação sobre grande parte do litoral nordeste
do Brasil. Essa precipitação é decorrente do cavado posicionado no ramo oeste
da ASAS (Figura 5). Esse cavado favorece a convergência em superfície que,
consequentemente, resulta na formação de nuvens.
Referências:
Cartas sinóticas de 250hPa, 500hPa, 850hPa e superfície (Figuras 2, 3, 4 e 5) (modificadas) de:
<http://img0.cptec.inpe.br/~rgptimg/Produtos-Pagina/Carta-Sinotica/Analise/impressao/>
Imagem de satélite (Figura 1) (modificada):
<http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic>
Precipitação acumulada em 24h (Figura 6):
<http://www.ogimet.com/gsynop.phtml>
Produtos GPT:
<http://gpt.cptec.inpe.br/>
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