Análise Sinótica das 00Z do dia 18/06/2015
Analisado por:
Rafael Pereira
Rafael Pereira
Figura 1. Imagem do satélite
GOES-13 para o vapor d'água das 00Z do dia 18 de junho de 2015. As linhas
indicam a posição dos jatos (JST em vermelho, JPN em laranja JPS em amarelo). A
ZCIT está indicada em verde. Fonte: CPTEC.
Na
imagem do vapor d’água para as 00Z do dia 18 de junho (Figura 1) observa-se a
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) localizada aproximadamente em 10°
norte no Pacífico e Atlântico, e seguindo quase que horizontalmente esta
latitude. No Pacífico há bastante nebulosidade no lado leste da ZCIT. É possível
observar o JST entre 20°S e 30°S à oeste do continente, sobre o Pacífico e em
torno de 30°S sobre o continente e Atlântico. O ramo norte do Jato Polar (JPN)
está localizado entre 30°S e 50°S aproximadamente, e o ramo sul do Jato Polar
(JPS) entre 40°S e 50°S.
Figura 2. Carta sinótica em 250 hPa. Jatos identificados pelas
cores: vermelha (JST), laranja (JPN) e amarelo (JPS). Fonte: CPTEC.
Na
análise da carta de 250hPa das 00Z do dia 18 de Junho (Figura 2), o JST à oeste
do continente se encontra acoplado ao JPN. Ao cruzar o continente, os jatos se
acoplam novamente com um centro de máxima intensidade à oeste do Atlântico Sul
como é possível observar no corte vertical em 45ºW (Figura 3) pelo forte
gradiente de temperatura entre 30SS e 40°S. O cavado indicado na análise do dia
anterior continua presente e pode ser visualizado pela curvatura do vento
(vetores) à leste do continente.
Figura 3. Corte vertical em 45ºW da temperatura potencial (K) e
magnitude do vento às 00Z do dia 18 de Junho de 2015. Fonte: Master/IAG
Figura 4. Carta sinótica em 500 hPa. Alta e baixa pressão
indicadas pelos círculos vermelho e azul, respectivamente. Cavado indicado pela
linha tracejada e Crista, pela linha serrilhada. Fonte: CPTEC.
Na análise da carta de 500hPa das 00Z do dia 18 de Junho (Figura 4) é
possível observar o JPN, que é mais intenso após cruzar o continente entre 35°S
e 50°S. A alta do Pacífico está mais afastada do continente em relação ao dia
anterior e localizada em torno de 15°S e 95°W, e a alta a leste do
continente está em torno de 22°S e 40°W
sobre a costa. A baixa pressão indicada no dia anterior sobre o Pacífico Sul
deslocou-se para leste e está em torno de 42°S e 100°W.
Figura 5. Carta sinótica em 850 hPa. Alta e baixa pressão
indicadas pelos círculos vermelho e azul, respectivamente. Cavado indicado pela
linha tracejada e Crista, pela linha serrilhada. Fonte: CPTEC.
Na
análise da carta de 500hPa das 00Z do dia 18 de Junho (Figura 5) é possível
observar a influência da ASAS atuando com intensidade sobre boa parte das
regiões sudeste, centro-oeste e sul do Brasil, marcado pelo cavado que se
estende da região sudeste até o sul da Amazônia. A alta do Pacífico (ASPS) tem seu
centro em torno de 35°S e 80°W e dela se estende um cavado à NW. É possível
observar dois centros de baixa pressão, um deles sobre o Pacífico Sul (45°S, 95°W) com intensa divergência de umidade (Figura 6),
e outro centro sobre o Atlântico Sul (55°S, 35°), estes ciclones normalmente
estão associado a sistemas frontais frios, como é possível ver nos campos de
vorticidade e divergência de umidade observados na Figura 6.
Figura 6. Campos de Vorticidade e Divergência de Umidade, gerados de GFS. Fonte: Master/IAG
Figura 7. Carta sinótica de Superfície. Fonte: CPTEC.
Na
análise da carta de superfície das 00Z do dia 18 de Junho (Figura 7) observa-se
uma frente fria no Pacífico Sul que segue até um centro de 1000hPa. No
Atlântico Sul observa-se uma frente fria com centro de 972hPa. A ASPS está
desconfigurada e dividida em dois centros, um à oeste com centro de 1028hPa e
fora dos limites da imagem, e outro à leste em torno de 40°S e 70°W adentrando
o continente (pós-frontal). A ASAS tem centro de 1024hPa sobre grande parte do
Atlântico Sul e sua isóbara de 1016hPa se estende para dentro do continente.
Figura 8. Acumulado de precipitação em 24h. Fonte:
ogimet.com
Na imagem de precipitação acumulada em 24 horas para o dia 18 de Junho
(Figura 8) observa-se altos valores de precipitação sobre a região sul do
Brasil associada a entrada do sistema frontal. Pouca ou nenhuma precipitação na
região centro-oeste, gramde parte do sudeste e interior no nordeste, com
exceção do litoral da Bahia e do nordeste devido a convergência de umidade
(visíveis na Figura 6) associada ao ramo norte da ASAS e ventos alísios, que
transporta ar quente e úmido para a região. A precipitação sobre o centro da
região norte está associada a convecção local.
Referências:
(1) Imagem de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logi
(1) Imagem de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logi
(2) Cartas Sinóticas - CPTEC/INPE: http://img0.cptec.inpe.br/~rgptimg/Produtos-Pagina/Carta-Sinotica/Analise/impressao/
(3) Produto Aulamaster - MASTER-IAG
(4) http://www.ogimet.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.