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sábado, 20 de junho de 2015

20150619



Análise Sinótica das 00Z do dia 19/06/2015

Analisado por:
Raidiel Puig



Figura 1. Imagem do satélite GOES-13 para o vapor d'água das 00Z do dia 19 de junho de 2015.  As linhas indicam a posição dos jatos (JST em vermelho, JPN em laranja JPS em amarelo). A ZCIT está indicada em verde. Fonte: CPTEC.

 A Figura 1 mostra a ZCIT bem definida tanto no Oceano Atlântico quanto no Pacífico entre 5 e 10 N, sendo que no oceano Atlântico ela possui orientação NE-SW, e no Pacífico, W-E. Os três jatos se acoplam a loeste da América do Sul, sendo que o JPS apresenta uma configuração mais zonal, enquanto o JST e o JPN, têm orientações NE-SW. Sobre o Pacífico os jatos estavam mais separados, e tinham uma configuração mais meridional. Para melhor identificar os Jatos, foi feito um corte verticai, na longitude de 15 W (Figura 3) onde verifica-se três núcleos principais de maiores intensidades do vento, os quais possuem temperatura potencial que variam entre 290 – 310K (JPS) e 330 – 354K (JST). 


Figura 2. Carta sinótica em 250 hPa. Jatos identificados pelas cores: vermelha (JST), laranja (JPN) e amarelo (JPS). Fonte: Master/IAG.




Figura 3. Corte vertical em 45ºW da temperatura potencial (K) e magnitude do vento às 00Z do dia 18 de Junho de 2015. Fonte: Master/IAG

 Na carta de 250 hPa (Figura 2), nota-se a presença de duas regiões de alta pressão (AP), uma localizada sobre o Oceano Pacífico (5ºS, 95ºW) e outra centrada em 20ºS, 32ºW. Também se nota a presença de um cavado ao sudeste do continente e outro sobre o Pacifico. Esta figura corrobora a posição dos jatos identificada na imagem de satélite.


Figura 4. Carta sinótica em 500 hPa. Alta e baixa pressão indicadas pelos círculos vermelho e azul, respectivamente. Cavado indicado pela linha tracejada e Crista, pela linha serrilhada. Fonte: Master/IAG.

Em 500 hPa (Figura 4), ainda há dois regiões de AP, a alta pressão que se localizava sobre o Oceano Atlântico se mantém, mas a que encontrava-se no Pacifico, agora localiza-se ao norte da Bolívia, levemente deslocada para leste. Também se manteve com pouca mudança na posição dos cavados e crestas. Além disso, o JPN e o JPS continuam bem representados nas mesmas faixas vistas anteriormente.


Figura 5. Carta sinótica em 850 hPa. Alta e baixa pressão indicadas pelos círculos vermelho e azul, respectivamente. Cavado indicado pela linha tracejada e Crista, pela linha serrilhada. Fonte: Master/IAG.

 Na carta de 850 hPa (Figura 5), visualiza-se o sinal da ASAS e ASPS (30ºS, 5ºW e 37,5ºS, 118ºW, respectivamente), além disso, nota-se uma AP sobre a região central da Argentina relacionada alta pós-frontal em superfície. Ainda nesta carta, há dois cavados que estão representados nas cartas de 500 y 250 hPa.


Figura 6. Campos de Vorticidade e Divergência de Umidade, gerados de GFS. Fonte: Master/IAG


              Figura 7. Carta de superficie. Fonte: Master/IAG.

Na carta de superficie, observa-se uma frente fria atuando desde Rondônia, passando em  o centro de Sao Paulo, e segue para o Oceano Atlântico até uma baixa pressão relativa de 1010 hPa localizada em 35°S/35°W (pode ser claramente visto na imagem de Divergência de Umidade). A alta pressão pós-frontal é forte e tem valor central de 1032 hPa que ocupa a fronteira de Uruguai e Argentina. No Pacífico Sul observa-se uma onda frontal, que tem baixa pressão com centro de 992 hPa localizado em 56°S/82°W. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) encontra-se com 1020 hPa em 30°S/80°W. O centro da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tem valor de 1020 a leste de 23°S/30°W. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atua em torno de 05°N/08°N no Pacífico e em torno de 05°N/10°N no Atlântico. 




                                    Figura 8. Acumulado de precipitação em 24 h. Fonte: ogimet.com

Pela análise da precipitação acumulada em 24 h (Figura 8), destacam-se três regiões de maior precipitação. Conforme mencionado anteriormente, pode-se ver a precipitação no litoral da Bahia, associada ao cavado. Sobre a região Sul do Brasil, Uruguai e Paraguai, a precipitação está associada à convergência na região da frente fria localizada sobre o continente e que passou por essa região algumas horas antes. Já a precipitação registrada no norte da região Norte e Nordeste do Brasil, está relacionada a convecção ocasionada pela área de instabilidade.

Referências: 
  1. Imagens de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic
  2. Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
  3. Precipitação acumulada 24 h: http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop?zona=amersurc&base=complex&proy=orto&ano=2015&mes=06&day=12&hora=12&vr4=R4&enviar=Ve
  4. Campos gerados: Análise do GFS - MASTER

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