Menu

segunda-feira, 29 de junho de 2015

20150629

Análise Sinótica de 29 de Junho de 2015 00Z 

Análisado por: Edson Yatabe Barbosa

 Figura 1. Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água das 00Z do dia 29 de junho de 2015.  A linha laranja indica o JPN, a amarela o JPS e a vermelha o JST. A ZCIT está indicada em verde. 

Na Figura 1, o JPN se estende desde o Pacífico até o Atlântico, atravessando o continente sobre o Chile e a Argentina. Mais ao sul, encontra-se o JPS tanto no Atlântico quanto no Pacífico Sul. Já o JST, ao norte, se estende na faixa seca sobre o oceano até a Argentina e se mostra bem definido a leste da costa do Brasil por volta de 20S de latitude. Observa-se a ZCIT no Pacífico em uma faixa mais zonal que a ZCIT no Atlântico, mas ambas estão por volta de 10N.

Figura 2. Análise do GFS-250 hPa para o dia 29 de junho de 2015 às 00Z. A linha laranja indica o JPN, a amarela o JPS e a vermelha o JST. As linhas pretas tracejadas os cavados e as pretas "dente de serra" as cristas. E os círculos vermelhos os centros de alta pressão e os azuis os de baixa.


Na carta de 250hPa (Figura 2), há o acoplamento do JPN e do JST sobre o Pacífico e já no Atlântico somente o JST como visto na imagem de satélite. O outro ramo do JPN se acopla mais ao sul, aproximadamente em 50S, com o JPS. Além disso, há um extenso cavado associado com as duas circulações ciclônicas, aproximadamente entre 30-35S. E outra mais extenso sobre o continente.


Figura 3. Análise do GFS-500 hPa para o dia 29 de junho de 2015 às 00Z. Linhas laranja indica o JPN e amarela JPS, linhas pretas tracejadas os cavados e as pretas "dente de serra" as cristas. E os círculos vermelhos os centros de alta pressão e os azuis os de baixa.

Nota-se na Figura 3 que o acoplamento do JPN com o JPS se mantém bem configurado como no nível de 250hPa e outro ramo do JPN somente em uma faixa do Pacífico aproximadamente em 25S. Os dois centros de baixa no Pacífico continuam e seu cavado associado também. Já as duas circulações anticiclônicas do nível acima, não se mantém e uma surge no Atlântico. O extenso cavado que estava sobre o continente não se configura mais neste nível e observa-se uma região de alta pressão.

Figura 4Análise do GFS-850 hPa para o dia 29 de junho de 2015 às 00Z. Linhas pretas tracejadas indicam os cavados e as pretas "dente de serra" as cristas, os círculos vermelhos (azul) os centros de alta (baixa) pressão.

A circulação de alta pressão no Pacífico continua bem configurada e uma crista associada se estende desde o Atlântico até o interior do continente. Há também um cavado associado ao centro de baixa pressão em 40W e 65S e o centro de baixa (com centros de alta pressão ao sul e leste) que se entende desde os níveis mais altos ainda está bem configurado no Pacífico.


Figura 5Análise do GFS-1000 hPa para o dia 29 de junho de 2015 às 00Z. Os círculos vermelhos (azul) os centros de alta (baixa) pressão. 

A carta de superfície mostra a ASAS bem configurada em 35S e 30W e a ASPS em 40S e 100W ao sul do centro de baixa pressão, que se mostra definido desde os altos níveis (atmosfera barotrópica). É possível identificar um frente fria ao sul do continente em uma região de forte gradiente de temperatura. Em relação a ZCIT, ela se mostra muito semelhante sobre o Pacífico em relação a Figura 1, já sobre o Pacífico ela possui um comportamento totalmente zonal. 


Figura 6.  Precipitação acumulada em 24h às 00Z do dia 29/06/2015. Fonte: OGIMET

Analisando a precipitação acumulada em 24h, há maiores volumes no Uruguai, sul do Paraguai e na costa do Nordeste brasileiro. A precipitação no Paraguai e no Uruguai, pode-se estar associado com o JBN, que se mostra no nível de 850hPa, o que ajuda no aporte de umidade vindo de latitudes maiores e que pode sustentar convecção local. Já na costa brasileira, os vento de leste em superfície perpendiculares a costa convergem na "divisa" continente-mar, o que auxilia nos movimentos ascendentes e na geração de convecção. Apesar dos altos valores de precipitação nessa região, não há evidência de convecção profunda, somente nuvens mais estratiformes, como vistos na imagem de satélite.

Referências: 
  1. Imagens de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic
  2. Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
  3. Precipitação acumulada 24 h: http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop?zona=amersurc&base=complex&proy=orto&ano=2015&mes=06&day=29&hora=12&vr4=R4&enviar=Ve
  4. Campos gerados: Análise do GFS - Laboratório MASTER

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.