20150609

Analisado por: Alexandre Manenti B. P. dos Santos

Figura 1: Imagem de satélite de vapor d'água. O JST está representada em vermelho, o JPN e JPS em laranja e amarelo, respectivamente. A ZCIT está indicada em azul.

A imagem de satélite de vapor d'água continua a nos mostrar uma região seca sobre o centro da América do Sul. O JST se estende do oceano Pacifico ao oceano Atlântico cruzando o centro do Chile, o norte da Argentina e a região sul do Brasil. Nota-se o JPN cruzar o centro da Argentina e uma parte do JPS sobre o oceano Atlântico. A ZCIT no Altaítico se deslocou um pouco ao norte em relação a analise de ontem, enquanto que no oceano Pacifico ela permaneceu quase estática.

Figura 2: Análise da carta sinótica em 250hPa. Os Jatos seguem o padrão de cor da imagem de satélite. As linhas tracejadas e em dente de serra representam os cavados e as cristas, respectivamente.

Os jatos de altos níveis seguem o padrão observado na imagem de satélite, com o JST e o JPN cruzando o sul da América do Sul e o JPN presente principalmente no oceano Atlântico. Observa-se uma baixa sobre a região NE do Brasil, caracterizando um VCAN, uma alta sobre a região CO e mais a oeste, sobre o Pacifico, outra alta. Os cavados e cristas são mais numerosos na região sul da carta sinótica, tendo pouquíssimas aparições sobre o centro da América do sul.

Figura 3: Análise da carta sinótica em 500hPa. Os Jatos seguem o padrão de cor da imagem de satélite (corrigir cavado e crista associados à alta em 15S - 90W).

A presença dos JPN e JPS ainda são observadas para a carta sinótica de 500hPa. As circulações anticiclônicas observadas em 250hPa ainda podem ser vistas, com um pequeno deslocamento de suas posições, próximas a linhas de 15 ° S. Uma alta com centro em 45 °S - 115 °W também é observada, juntamente com uma circulação ciclônica fechada em 50 °S - 45 °W. Uma cavado pronunciado que se estende quase do equador ao sul do Chile é identificado sobre o oceano Pacifico.

Figura 4: Análise da carta sinótica em 850 hPa. Letras “A” e “B” representam altas e baixas. Círculos verdes representam advecção fria de temperatura.

Para a análise de 850hPa podemos observar (uma alta na costa da Argentina e) duas baixas, uma a 10°N - 95°W, e uma a 50°S - 40°W, sendo esta ultima acompanhada por um cavado de onda curta que se estende para o extremo sul do oceano Atlântico. A ASPS pode ser encontrada a 45°S - 115°W com uma crista de onda longa associado a ela. Já a ASAS está localizada em 25°S - 15°W e tem associada a ela um cavado que se estende pelo centro da América do Sul. Notam-se algumas regiões de advecção fria (círculos verdes).

Figura 5: Análise da carta sinótica em 1000 hPa.

A análise em superfície mostra a posição da ASPS e da ASAS conforme observado em 850hPa. A ZCIT se encontra bem definida entre 5°N e 10°N no Pacifico enquanto que no Atlântico o encontro dos ventos Alísios se da por volta de 5°N. A baixa que gera uma frente próxima a costa da Argentina se encontra um pouco mais ao norte do que na análise de ontem e a frente que vinha pelo extremo sul do Pacifico agora se encontra sobre o sul do Chile.

Figura 6: Precipitação acumulada nas últimas 24 horas.

A imagem de precipitação acumulada nas últimas 24hs mostra que a maior ocorrência de chuva foi na região sul do Brasil. O Norte e NE do Brasil também apresentam pontos mais isolados de precipitação. Isso em conjunto com a seca no centro da América da Sul corroboram com a imagem de satélite.

Referências:

Figura 1 http://satelite.cptec.inpe.br/repositorio5/goes13/goes13_web/ams_vapor_baixa/2015/06/S11232953_201506090000.jpg

Figura 2  http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php?var=250

Figura 3  http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php?var=500

Figura 4  http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php?var=850

Figura 5  http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php?var=surface

Figura 6  http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop?zona=amersurc&base=bluem&proy=orto&ano=2015&mes=06&day=09&hora=00&vr4=R4&enviar=Ver