Menu

terça-feira, 23 de junho de 2015

20150623





Análise sinótica do 23 de junho de 2015 - 00Z

Analisado por: Victor R. Chávez Mayta



Figura 1. - Imagem de satélite (direita) do canal infravermelho (GOES 13). As linhas representam o JST (em vermelho), o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). Fonte: CPTEC/INPE.  

A Figura 1 mostra a ZCIT bem definida tanto no Oceano Atlântico quanto no Pacífico entre 5 e 10 N, no oceano Atlântico ela possui orientação NE-SW, e no Pacífico, W-E.  Animação dos campos de vento em superfície e nível desejado do website http://earth.nullschool.net apresentados na Figura 11 ajudam a identificar melhor a ZCIT.

O Jato Subtropical JST pode ser visto sobre o Oceano Pacífico, contornando um cavado e passando sobre o centro do Chile e norte de Argentina. Uma parte do JST pode ser vista sobre os estados de GO, MG e ES. O ramo norte do Jato Polar (JPN) está acoplado ao JST sobre o centro do Chile e se desacopla sobre o Atlântico Sul. Para identificar melhor os Jatos, foram feitos três cortes verticais, um na longitude de 115W (Figura 7), 110W (Figura 8) e o outro em 35W (Figura 9).


Figura 2. - Análise da carta sinótica de 250hPa. As linhas representam o JST (em vermelho), o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). As linhas tracejadas representam os cavados e cristas. Fonte: MASTER-IAG.



A análise do GFS para o nível de 250hPa mostra os JST e JPN conforme vistos na imagem de satélite. Neste nível podem-se identificar JPS acoplada a JPN a partir de 50 W até 35W aprox.. Para esta identificação foi necessária fazer um corte vertical na longitude de 35W (Fig. 9). Além disso nota-se uma crista acima de sul de Peru e norte de Bolívia associada à baixa umidade vista na imagem de satélite.


Figura 3. - Análise da carta sinótica de 500hPa. As linhas representam o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). As linhas tracejadas representam os cavados e cristas. Fonte: MASTER-IAG.


A análise do GFS para o nível de 500hPa mostra o JPN e JPS. Notam-se várias circulações anticiclônicas sobre o Oceano Pacifico centradas em 10S 100W, sobre o continente em 20S 60W que favorece a ausência de nebulosidade sobre essa região, e sobre o oceano Atlântico em 15S 25W. além disso se pode identificar um sistema de cristas e cavados.



Figura 4. - Análise da carta sinótica de 850 hPa. As linhas tracejadas representam os cavados e cristas. Fonte: MASTER-IAG.

A análise do GFS para o nível de 850hPa mostra as circulações anticiclônicas e ciclônicas sobre os oceanos e continente. Observam-se uma circulação anticiclônica sobre o Pacífico com centro em 10S 95W, em continente sobre Argentina com centro em 35S 65W e outra sobre o Atlântico Sul com centro em 35S 25W. A circulação ciclônica identificada no dia anterior na costa norte de Chile ainda está bem definida em 25S 85W. 




Figura 5. - Análise da carta sinótica de superfície. MASTER-IAG.

A análise do GFS para a pressão reduzida ao nível médio do mar mostra as circulações anticiclônicas e ciclônicas. Por exemplo pode-se identificar a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) bem definida com respeito ao dia anterior. O Anticiclone Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) deslocou-se para leste com relação ao dia anterior ficando sobre região sul de Argentina. Nota-se também uma frente fria sobre o oceano Pacífico deslocando-se para na costa do Chile e sul de Peru. Outra frente fria sobre RS prolongando-se até o ciclone em 45S 40W. A ZCIT está entre 5 e 7N no Atlântico (bem definida) e aproximadamente entre 7 e 10N no Pacífico. 




Figura 6.- Precipitação acumulada em 24h. Fonte: OGIMET.


A figura 6 mostra os acumulados de precipitação registrados nas estações meteorológicas durante 24h. Pode-se observar as máximas precipitações na costa leste do Nordeste devido a presença de um cavado e no campo de convergência de umidade (Fig 10) há uma intensa convergência sobre esta região o que favorece a precipitação. Na costa da Bahia e sul do brasil as regiões de máxima precipitação estão cobrindo toda a região de RS sendo esta última influenciada pela passagem de uma frente fria. Na região norte do Brasil, também há registro de precipitação devido ao calor e umidade na região da bacia Amazônica. 

Anexos 


Figura 7.- Corte vertical para a longitude 115oW. Fonte: MASTER-IAG.



Figura 8.- Corte vertical para a longitude 110oW. Fonte: MASTER-IAG.



Figura 9.- Corte vertical para a longitude 35 oW. Fonte: MASTER-IAG.


Figura 10 - Vorticidade (contorno) e divergência de umidade em 1000 hPa. Fonte: MASTER-IAG.


Figura 11 Animação de campos de vento em superfície. Fonte: earth.nullschool.net


Referências de Figuras

Imagens de satélite


Cartas sinóticas:

250Hpa: http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php

500Hpa: http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.php

850Hpa: http://www.masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/sinotica.




Precipitação
·         
       http://www.ogimet.com/gsynop.phtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.