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domingo, 21 de junho de 2015

20150621

Análise sinótica do dia 21 de junho de 2015 às 00Z

Elaborado por Tayla Dias da Silva

Figura 1 - Imagem de satélite GOES 13 do canal do vapor d'água (Canal-3 WV). As linhas representam o JST (em vermelho), o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). A ZCIT está representada na cor verde. Fonte: CPTEC/INPE/DSA.

Na figura 1, pode-se observar a nebulosidade ao norte do JST associada à convecção ao redor da crista que está bem pronunciada (fig. 2) sobre o Oceano Pacífico e a nebulosidade ao norte do JST associada à frente estacionária em superfície (fig. 5) sobre o Oceano Atlântico. O JPN e o JPS se acoplam sobre o Oceano Atlântico. O escoamento dos jatos tem aspecto ondulado. A ZCIT está numa direção zonal sobre o Oceano Pacífico com intensa convecção, e, sobre o Oceano Atlântico, ligeiramente inclinada na direção WNW-ESE.


Figura 2 - Análise da carta sinótica de 250hPa. As linhas representam o JST (em vermelho), o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). As linhas tracejadas representam os cavados (em azul) e a linha dente-de serra, a crista (em vinho). Fonte: MASTER.

Na análise sinótica da carta de 250hPa do dia 21 de junho de 2015 às 00Z, pode-se observar uma crista e um cavado bem pronunciados, este último sobre o continente, estendendo-se desde o Paraguai até o norte do Amazonas associado à difluência em altos níveis que pode gerar a convergência em baixos níveis e favorecer a formação de nuvens, além de advectar ar quente e úmido da Amazônia para o norte da região centro-oeste do Brasil. O centro de baixa pressão em torno 28°S/103°W pode ser visto nas quatro cartas sinóticas dos níveis de 250, 500 e 850hPa e superfície. O JPN, nesta carta, está contínuo e devido aos máximos de velocidade que se estendem até o nível de 500hPa contorna o vórtice ciclônico citado anteriormente (fig. 3) acoplado ao JST.

Figura 3 - Análise da carta sinótica de 500hPa. As linhas representam o JPN (em laranja) e o JPS (em amarelo). As linhas tracejadas representam os cavados (em azul) e as linhas dente-de serra, as cristas (em vinho). Fonte: MASTER.

Na análise sinótica da carta de 500hPa do dia 21 de junho de 2015 às 00Z, pode-se observar uma circulação anticiclônica sobre o Oceano Pacífico próximo a costa litorânea ao sul do Peru e ao norte do Chile. Sobre o Oceano Atlântico, uma circulação anticiclônica penetra sobre o nordeste do Brasil, outra em torno de 54°S/32°W próxima a uma circulação ciclônica centrada em 45°S/18°W aproximadamente. A primeira, nos níveis baixos, terá configuração de crista, enquanto a segunda, se fechará, formando um centro de baixa pressão com um sistema frontal em superfície. Neste nível, ainda se pode observar o JPN e o JPS fragmentado sobre o Oceano Pacífico e entre 35-45°S sobre o Oceano Atlântico.


Figura 4 - Análise da carta sinótica de 850hPa. As linhas tracejadas representam os cavados (em azul) e as linhas dente-de serra, as cristas (em vinho). Fonte: MASTER.

Na análise sinótica da carta de 850hPa do dia 21 de junho de 2015 às 00Z, a penetração da circulação anticiclônica em torno de 32°S/35°W sobre SP, PR, SC e norte do RS inibe a formação de nuvens na região e advecta ar úmido do oceano para a BA. Há um cavado sobre o norte da Argentina, também outro no extremo sul do continente.


Figura 5 - Análise da carta sinótica de superfície.  As linhas tracejadas representam os cavados (em azul) e a linha dente-de serra, a crista (em vinho). A ZCIT está representada na cor verde. Fonte: MASTER.

Na análise sinótica da carta de superfície do dia 21 de junho de 2015 às 00Z, pode-se observar uma extensa frente estacionária sobre o Oceano Atlântico até o norte do ES. A ASAS e a ASPS, centradas em 32°S/35°W e 42°S/90°W, respectivamente, estão ao sul de sua posição climatológica. Um sistema frontal transiente em torno de 46°S/42°W associado a um centro de baixa pressão em 58°S/57°W, um sistema frontal em oclusão associado a um centro de baixa pressão em 45°S/18°W atuando sobre o Oceano Atlântico e outro em torno de 28°S/102°W sobre o Oceano Atlântico. Também há mais dois sistemas frontais em 60°S/72°W e em 56°S/116°W e também um centro de baixa pressão em 46°S/119°W. A localização da ZCIT entre 100-120°W e 25-40°W está entre 6-9°N, entre 75-100°W está entre 4-7°N e entre 40-55°W está entre 3-6°N.


Figura 6 - Precipitação acumulada em 24h do dia 20/05/2015 as 09:00hl ao dia 21/05/2015 as 09:00hl. Fonte: OGIMET.

A figura 6 mostra os acumulados de precipitação registrados nas estações meteorológicas durante 24h.  Na BA, houve registro dos maiores acumulados de precipitação, em Caravelas, o pluviômetro marcou 102mm e em Abrolhos, 56mm, no ES, houve um acumulado de 58mm de precipitação devido à frente estacionária, ao cavado invertido em superfície (fig. 5) e à advecção de ar úmido (fig. 4). Em Calcanhar e Natal houve registro de 36 e 32mm, respectivamente, causado por fenômenos termodinâmicos. Na região norte do Brasil, também há registro de precipitação devido ao calor e umidade na região Amazônica. Algumas estações apresentam baixos valores de precipitação acumulada, principalmente na costa brasileira. No litoral das Guianas e Suriname, houve registro de precipitação devido à influência da ZCIT.

Anexo
 Figura 7.a - Corte vertical para a longitude 20oW. Fonte: MASTER.

Figura 7.b - Corte vertical para a longitude 80oW. Fonte: MASTER.


Figura 8 - Vorticidade (contorno) e divergência de umidade (preenchimento) em 1000hPa. Fonte: MASTER.

Referências

Imagens de satélite (fig. 1):
<http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic>


Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície (figs. 2, 3, 4 e 5). Modificado de:
<http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob>

Precipitação acumulada (fig. 6): 

Aula master gfsana (figs. 7a, 7b e 8).

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