Análise Sinótica 2015-06-11 00
Diego Rodriguez Zimmermann
Figura 2. Animação de imagens de satélite GOES-13 de vapor d'água.
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Na figura 1 observa-se o JST estendendo-se
desde o Pacífico Sul (em latitudes médias) até o Atlântico, atravessando o
continente pelo centro do Chile e da Argentina e formando um cavado antes de
atingir o continente. Mais ao sul, em latitudes altas, se pode observar o JPN e
o JPS (ver anexo 1a e 1b). A ZCIT no Atlântico fica bem definida ao norte da
linha equatorial, mas sobre o Pacífico esta desvia-se para México devido à
presença da tormenta tropical Carlos que faze virar a direção dos ventos com uma componente mais norte.
A evolução destes sistemas pode ser observado na figura 2.
Na figura 3 observa-se o JST entre 15 e 35°S estendido desde o Pacífico até o Atlântico atravessando o continente pelo centro do Chile e Argentina tal como se vê na imagem de satélite. Mais ao sul, entre 45 e 60°S e 50 e 65°S (ver anexo 1b) se pode observar o JPN e o JPS, respectivamente. Além disso, tanto no Pacífico como no Atlântico observa-se um binômio conformado por uma circulação horaria e outra antihoraria entre 30 e 45°S e 45 e 60°S, respectivamente. Sobre o continente observa-se uma circulação horaria com núcleo em 12°S e 58°W e uma antihoraria com centro em 8°S e 68°W. Finalmente destaca-se uma crista sobre BA a qual reduz a umidade no sector, assim como se observa na imagem de satélite.
Na figura 4 observa-se os JPN e JPS melhor definidos que em 250 hPa, isto concorda com o corte vertical feito em 80°W (ver anexo 1b), além de
o JST estendido desde o Pacífico até o Atlântico. Também ainda continua-se
observando-se o mesmo binômio (A-B) no Pacífico, mas levemente deslocado para o
norte. Sobre o continente, observa-se uma circulação antihoraria com núcleo
sobre MG, como reflexo da crista nos altos níveis, além de outra circulação
antihoraria com núcleo sobre o centro do Peru, e entre estes dois sistemas
encontra-se um cavado invertido com eixo sobre AM e RO. Finalmente destaca-se
um cavado intenso sobre o sul da Argentina associado com o frente frio em
superfície que será analisado na figura 6.
Figura 5: Análise da carta sinótica de 850 hPa - GFS. Cavados (linhas
azuis tracejadas); Cristas (linhas pretas em escada).
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Na figura 5 observa-se uma circulação
antihoraria intensa com núcleo sobre o Atlântico com núcleo sobre 25°S e 15°W e
que se estende como uma crista para o continente até atingir AM. Este sistema
está associado aos ventos com direção SE que estão apoiando as precipitações
geradas sobre BA, tal como se observa no anexo 2 (mapa de precipitação
acumulada em 24 horas). Além disso, observa-se outro sistema com circulação
antihoraria sobre o Pacífico com núcleo em 40°S e 110°W, e uma circulação
horaria no Atlântico Sul com núcleo sobre 50°S e 15°W. Destaca-se a presença de
dois circulações ciclônicas no Hemisfério norte, das quais, a que fica mais ao
norte está associada com a tormenta tropical Carlos.
Na figura 6 nota-se a continuidade dos sistemas frontais deslocando-se para o leste, associados com a convergência de umidade (ver anexo 3), dos quais, o mais desenvolvido localiza-se desde o norte de Uruguai até a baixa localizada sobre o Atlântico com núcleo em 48°S e 15°W, a qual gera movimento ascendente sobre o núcleo (ver anexo 4). Localiza-se também a Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) e do Atlântico Sul (ASAS) com núcleos em 40°S e 105°W e 28°S e 2°W, respectivamente. Finalmente, nota-se a ZCIT da mesma forma que na imagem de satélite, deslocada para o norte no Pacífico e rodeando os 5°N no Atlântico.
Anexos:
Neste mapa observa-se os maiores valores de precipitação sobre o
sul de Paraguai, noreste de Argentina (associada ao frente em superfície), sul
de Brasil (RS) (devido aos ventos de sudeste em níveis baixos) e sobre os
estados de BA e MA (associada à localização da ZCIT), principalmente.
Figura 6: Análise da carta sinótica em superfície - GFS. Frentes fríos (azuis) e quentes (vermelhos). |
Na figura 6 nota-se a continuidade dos sistemas frontais deslocando-se para o leste, associados com a convergência de umidade (ver anexo 3), dos quais, o mais desenvolvido localiza-se desde o norte de Uruguai até a baixa localizada sobre o Atlântico com núcleo em 48°S e 15°W, a qual gera movimento ascendente sobre o núcleo (ver anexo 4). Localiza-se também a Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) e do Atlântico Sul (ASAS) com núcleos em 40°S e 105°W e 28°S e 2°W, respectivamente. Finalmente, nota-se a ZCIT da mesma forma que na imagem de satélite, deslocada para o norte no Pacífico e rodeando os 5°N no Atlântico.
Anexos:
Anexo 1: Corte vertical de temperatura potencial equivalente e velocidade do ventos em a)100°W e b)80°W. |
Anexo 2: Mapa de precipitação acumulada em 24 horas. |
Anexo 3: Mapa de convergência de umidade e ventos em 1000 hPa. |
Anexo 4: Mapa de vetor Q em 850 hPa (preto) e linhas de corrente em 1000hPa (verde). Convergência do vetor Q representa os movimentos ascendentes. |
Referências:
http://satelite.cptec.inpe.br/repositorio5/goes13/goes13_web/ams_vapor_alta/2015/06/S11232954_201506110000.jpg
2. Animação de imagens de vapor d'água (IR3).
http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic
3. Mapa de analise em 250 hPa. Modificado de:
http://masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/fig_rita_sinotica/POR_250_RITA_00Z11JUN2015.jpeg
4. Mapa de analise em 500 hPa. Modificado de:
http://masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/fig_rita_sinotica/POR_500_RITA_00Z11JUN2015.jpeg
5. Mapa de analise em 850 hPa. Modificado de:
http://masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/fig_rita_sinotica/POR_850_RITA_00Z11JUN2015.jpeg
6. Mapa de analise em superfície. Modificado de:
http://masterantiga.iag.usp.br/previsao_glob/fig_rita_sinotica/POR_SUP_RITA_00Z11JUN2015.jpeg
7. Mapa de precipitação acumulada em 24 horas:
http://www.ogimet.com/cgi-bin/gsynop?zona=amersurc&base=bluem&proy=orto&ano=2015&mes=06&day=11&hora=12&vr4=R4&enviar=Ver
8. Cortes verticais gerados pelo login@aulamaster.iag.usp.br
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