Leandro Rocha
Análise sinótica do dia 15/06/2015
Figura 1: Imagem de satélite GOES-13 de vapor d'água das 00Z do dia 15
de junho de 2015. A linha vermelha indica o JST, a vermelha o JPN e a linha
amarela o JPS.
A imagem de satélite de
vapor d'água (Figura 1) indica a ZCIT localizada sobre o Atlântico Norte, com
orientação WSW-ENE e bastante umidade, entretanto ela só está ativa mais longe
do continente. No pacífico, ela é visível em toda imagem, no
entanto sem nuvens com topos muito frios. É possível notar o JST em torno de
30ºS no Pacífico se estendendo até a região Sul do Brasil, onde ele se acopla
ao JPN devido ao avanço da frente fria. No pacífico também é possível observar
o JPS associado ao gradiente de umidade.
Figura
2: Carta sinótica em 250 hPa. Jatos de altos níveis identificados pelas cores:
vermelha (JST), laranja (JPN) e amarelo (JPS). (Fonte: MASTER-IAG)
Em altos níveis nota-se a presença do
JST em quase toda imagem, sendo que no Atlântico ele está associado ao JPN. No
Pacífico também há a presença do JPS, verificado pelo corte vertical feito na
longitude 90°W (Figura 3) mostrando dois núcleos distintos, mais ao norte o JST
e ao sul o JPS. Também foi feito um corte vertical em 25°W (Figura 4) mostrando
dois núcleos, mais sul o JPS mas com pouca intensidade e ao norte o JPN acoplado
ao JST, pois a posição do núcleo é a mesma que na figura 3, entretanto os
valores de temperatura potencial são menores. Além disso é possível ver três
regiões de circulação anticiclônica (13°S-15°W, 13°S - 60°W, 40°S - 90°W), uma região ciclônica em 33°S - 100°W e
dois cavados, um que se estende do Atlântico até o interior do Nordeste e outro
ao sul da imagem que vai do Atlântico até o Chile.
Figura 3: Corte
vertical da temperatura potencial (K) em 90°W, entre as latitudes 70°S w 10°S.
Sombreamento indica intervalos de theta; isolinhas brancas, pontos médios dos
intervalos; isolinhas pretas, magnitude do vento (m/s) (Fonte: MASTER-IAG)
Figura 4: Corte
vertical da temperatura potencial (K) em 25°W, entre as latitudes 70°S w 10°S.
Sombreamento indica intervalos de theta; isolinhas brancas, pontos médios dos
intervalos; isolinhas pretas, magnitude do vento (m/s) (Fonte: MASTER-IAG)
Figura 5: Carta
sinótica no nível de 500 hPa. JPN em laranja e JPS em amarelo. (Fonte: MASTER-IAG).
Em 500 hPa,
verifica-se três regiões de circulação anticiclônica em 20°S - 20°W, 10°S -
95°W e 37°S - 90°S e duas ciclônicas em 25°S - 110°W e 35°S - 100°W. Há a
presença também de dois cavados praticamente associados entre eles, um se
estendendo do Atlântico até o Uruguai e outro na região da Cordilheira dos Andes.
No oceano Altântico e em parte do continente nota-se o JPN associado à uma
frente fria em superfície, e no Pacífico o JPS com valores mais baixos de
altura geopotencial.
Figura 6: Carta
sinótica no nível de 850 hPa. (Fonte: MASTER-IAG).
Em 850 hPa
(Figura 6), é possível visualizar duas regiões de circulação anticiclônica, uma
no Pacífico (35°S - 90°S) associada a um anticiclone transiente em superfície e
outra no Atlântico (25°S - 15°W) associada ao ASAS. Também verifica-se duas áreas
de circulação ciclônica em 43°S - 5°W e 55°S - 55°W, esta última com um cavado
que se estende até o continente americano, além de outro cavado no Pacífico perto de 55°S - 105°W.
Figura 7: Carta
sinótica em superfície. Em verde está assinalada a ZCIT. (Fonte: MASTER-IAG)
Na carta
sinótica de superfície (PRNM), a ZCIT encontra-se bem definida no oceano
Atlântico com orientação WSW-ENE, e no Pacífico, localizada entre 5°N e 10°N.
Verifica-se também o ASAS localizado em 25°S e 15°W e outra região de alta
pressão no Pacífico. Há três regiões de baixa pressão com circulação fechada na
imagem, uma em 45°S - 10°W, outra em 55°S - 100°W, com frente fria e quente
associadas à ela, e outra em 55°S - 55°W, com frentes associadas à ela, sendo
que a frente fria se estende até o estado de São Paulo. Nota-se um cavado
invertido na região do litoral da Bahia.
Figura 8:
Acumulado de precipitação em 24h (Fonte: ogimet.com)
Na imagem acima
observa-se os acumulados de precipitação nas últimas 24 horas. Na região Sul do
Brasil, os acumulados foram bastante elevados devido à passagem de uma frente,
que ficou estacionária por um tempo mas já se deslocou para o Sudeste. No
Nordeste a precipitação ocorreu no litoral, onde os maiores acumulados foram
registrados no litoral baiano, devido a presença de um cavado invertido e uma
convergência de umidade na região, como mostrado na figura 9, figura que também
foi utilizada para traçar as frentes na carta sinótica em superfície.
Figura 9: Divergência de umidade em 1000 hPa.
(Fonte: Aulamaster)
Referências:
(1) Imagem de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logi
(1) Imagem de satélite: http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logi
(2) Modelo de Previsão Global - MASTER-IAG: http://www.masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
(3) Produto Aulamaster - MASTER-IAG
(4) http://www.ogimet.com
(4) http://www.ogimet.com
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