20150625
Analise Sinótica do dia 25 de Junho de 2015.
Analisado por: Alberto José Bié
Figura 1. Imagem do Satélite GOES-13 no canal do infravermelho. As linhas em vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente (Modificada de: INPE/CPTEC/DSA).
Pela Figura 1 nota-se a presença do JST atravessando as regiões centrais do Chile e da Argentina. O JPN atua sobre a região sul do Chile e da Argentina enquanto o JPS atua mais ao sul, no extremo sul do continente norte americano. Sobre o Pacifico nota-se a presença de um cavado e um vórtice ciclônico associado esse cavado que é contornado pelo JST, próximo a costa do Chile. A ZCIT atua sobre o Atlântico na latitude aproximada de 5N, com fraca influencia sobre a região continental.
Figura 2. Análise da carta sinótica de 250 hPa. As linhas em vermelho, laranja e amarelo representam os jatos Subtropical (JST), Polar Norte (JPN) e Polar Sul (JPS), respectivamente (Modificada de: MASTER).
Pela figura 2 nota-se a presença de um uma crista e um cavado bastante pronunciados, sobre o atlântico sul, contornados pelo JPN, dando suporte a um sistema frontal em superfície já identificado em análises anteriores. Sobre o Pacifico notam-se dois cavados, um associado ao JPN próximo a região costeira do Chile, outro um pouco mais ao sul associado JPS. Nota-se a presença de uma cavado que se estende sobre a região norte do Brasil que se prolonga até ao norte de do equador. Um cavado, pouco pronunciado pode ser visto perto da costa do estado do Espirito Santo. Sobre o extremo sul do oceano atlântico o JPN e JPS encontram-se acoplados, aproximadamente entre as longitudes de 60°W e 40W e entre 20°W e 0°.
Em 500 hPa o sistema crista e cavado sobre parte do litoral sul/sudeste persiste, contornado pelo JPN, associado a um sistema frontal em superfície, e leste deste sistema de cavado e crista encontra-se uma crista associada a uma circulação anticiclônica fechada. Sobre o Pacifico sul, o cavado associado ao Jato Subtropical (ver figura 2) persiste. Nota-se também uma anticiclônica sobre a região central da America do Sul, aproximadamente entre as longitudes 50°W e 60°W e longitudes 10°S e 20°S.
Figura 4. Análise da carta sinótica de 850 hPa (Modificada de: MASTER).
Em 850 hPa, nota-se, sobre o atlântico sul, a presença de uma alta pós-frontal com o centro entre 55°W e 45°W, atuando sobre as regiões e sudeste do Brasil. A leste da alta pós-frontal encontra-se um cavado, com intenso gradiente de temperatura, associado a um sistema frontal, e a leste deste sistema frontal encontra-se a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), com o centro perto de 5°W. Sobre o Pacifico, o cavado próximo a região central da costa do Chile, e que persiste desde níveis superiores e que esteve associado a um sistema frontal em analises anteriores, encontra-se, a leste, associado a um forte gradiente de temperatura, forte divergência de umidade e forte advecção de vorticidade negativa (figura 5).
Figura 5. Divergência de umidade e advecção de vorticidade relativa em 1000 hPa (Análise do GFS do 25062015 - 00Z da aulamster).
Mais ao sul do Pacifico Sul encontram-se dois cavados associados a duas baixas fechadas, e estão associados a sistemas frontais identificados já em análise anterior e podem ser vistos na carta sinótica em superfície (figura 6).
Figura 6. Análise da carta sinótica de superfície. (Modificada de: MASTER).
Em superfície, sobre Atlântico, destaca-se um sistema frontal influenciando o estado de a região costeira do estado do Espirito Santo, uma alta pós-frontal influenciando a região sul e sudeste do Brasil, advectando ar frio para estas regiões. Associado a alta pós-frontal encontra-se um cavado sobre o continente, com eixo que se estende sobre o Paraguai e o Rio Grande do Sul (RS). Sobre o Pacifico Sul, encontram-se dois sistemas frontais, um deles, com a centro da baixa entre 80°W e 90°W, já influenciando a região da costa do chile.
Figura 7. Precipitação acumulada em 24h (Fonte: Ogimet).
Olhando para a precipitação, notam-se maiores acumulados sobre as regiões Nordeste e Sudeste. Sobre a região sudeste, estes acumulados estão associados a passagem do sistema frontal que agora influencia a região do estado de Espirito Santo (ES), enquanto que na região Nordeste o acumulado esta associado ao ar úmido que esta sendo advectado para o continente pelo escoamento do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul, como pode se ver pela figura 7 abaixo.
Figura 8. Divergência de umidade e vento 1000 hPa (Análise do GFS do 25062015 - 00Z da aulamster).
Anexos:
Figura 10. Corte vertical em 110°W, potencial (sombreado) magnitude so vento (contorno). (Fonte: Análise do GFS do 25062015 - 00Z da aulamster).
Referências:
Image de satélite (Figura 1). Modificada de CPTEC/INPE:
http://satelite.cptec.inpe.br/acervo/goes.formulario.logic?i=br#
Cartas sinóticas de 250, 500, 850hPa e superfície (Figuras 2, 3, 4 e 6). Modificadas do MASTER:
http://masterantiga.iag.usp.br/ind.php?inic=00&prod=previsao_glob
Precipitação acumulada (Figura 7):
http://www.ogimet.com/gsynop.phtml
Aulamaster, Análise do modelo GFS (Figuras 5, 8, 9 e 10).
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